A atriz Juliana AlvesDivulgação

Ela nasceu em Bento Ribeiro, no subúrbio do Rio de Janeiro e sua trajetória artística começou cedo, ainda na infância. Na dança começou aos quatro anos de idade, e no teatro, aos 10 anos. Essa foi sua base, até que no início dos anos 2000, Juliana Alves integrou o balé do Domingão do Faustão. Aos dezoito foi voluntária e uma das agentes de saúde do projeto Gincana Aids-informação da ONG Criola, que luta contra o preconceito às mulheres negras. Formada em Serviço Social, a carreira artística falou mais alto. Em 2002, foi abordada por produtores do reality show Big Brother Brasil e após vários testes participou da terceira edição do programa.
Na TV estreou como Selma na novela “Chocolate com Pimenta” (2003). Contabilizando 12 novelas, 11 séries e especiais, oito filmes e um espetáculo musical, seu trabalho como atriz foi ainda mais reconhecido em 2008, quando recebeu o Prêmio Contigo de Atriz Revelação por seu papel na novela “Duas Caras”, e, no ano seguinte, quando foi agraciada com o Troféu Raça Negra por sua atuação na líder de audiência “Caminho das Índias”.
Depois disso, Juliana se destacou em outras obras de grande sucesso como sua primeira antagonista na novela “Ti-Ti-Ti”; na sequência, “Cheias de Charme”, “As Brasileiras”, “Salve-se Quem Puder”. E recentemente atuou em “Amor Perfeito” e integrou o elenco do “Dança dos Famosos”.
A artista também apoiou em 2011 o projeto governamental "Levanta a Cabeça - Qual é a sua história?", que teve como objetivo valorizar a consciência negra por meio de atividades de impacto nas escolas da rede estadual de ensino.
Com o mesmo talento que a fez uma atriz de sucesso, Juliana Alves também se tornou uma referência quando o assunto é carnaval. Foi musa do Salgueiro e rainha de bateria do Império da Tijuca em 2004. Representou a Mocidade Independente de Padre Miguel, Renascer de Jacarepaguá, Vila Isabel, Pérola Negra no Carnaval de São Paulo e ficou no posto de rainha de bateria da Unidos da Tijuca por 5 anos. Em 2023 retornou à Sapucaí, inovando ao surgir como Yemanjá na comissão de frente da G.R.E.S Unidos da Tijuca, escola onde foi Rainha de Bateria até 2018.
Além do lado artístico, Juliana é uma voz ativa nos movimentos sociais antirracistas e busca reforçar seus laços com a arte e a cultura como novos desafios. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse verdadeiro mulherão? Confiram a entrevista completa!
Vai desfilar esse ano? Qual a preparação para o carnaval?
Esse ano eu estou me preparando para o carnaval, cuidando bastante da saúde para ter muita disposição e também tentando resolver todos os trabalhos e assuntos pessoais para ficar bem livre e curtir a festa da folia. Também estou organizando meu horário com a minha filha para poder ter uma parte do carnaval com ela. Esse ano vou curtir os blocos e assistir desfiles das escolas de samba. Tive alguns convites afetivos para desfilar, mas ainda não sei se vou desfilar na Sapucaí.
Quais os próximos projetos na carreira?
Tenho vários projetos em teatro, cinema, séries, streaming e TV aberta. O que posso falar por enquanto é de uma série que eu acabei de filmar, com nome provisório de Capoeiras. É a primeira série brasileira que fala dessa temática sobre a capoeira e que traz a nossa cultura brasileira. A série tem um elenco maravilhoso, uma direção incrível. Estou muito feliz com esse trabalho e com a minha personagem que se chama Glória. É um trabalho que me enriqueceu bastante profissionalmente e artisticamente.
Como é a Juliana Alves mãe?
Sou uma mãe extremamente realizada e feliz. Minha filha me traz alegrias todos os dias. Não vou dizer que é fácil, nunca me iludi com a maternidade. Sempre estive ao lado de mulheres que são mães, grandes mulheres como a minha mãe. Convivi com muitas mães e já estava ciente de todos os desafios, da realidade e das dores da maternidade. Não subestimei a plenitude de ser mãe, por isso não tive nenhuma decepção e nem surpresas. A minha filha Yolanda me trouxe mais felicidade ela é o motivo dos meus sorrisos. Gostaria de ter mais filhos sim, mas aí isso não depende só de mim (risos).
Você se acha um mulherão? 
Existem várias interpretações dessa palavra. Mas sim, me acho um mulherão! Acredito que fui me tornando um mulherão com a vida, uma versão mais forte, sensível, sábia e mais madura. Tenho muitos sonhos e isso eleva a gente. Sonhar amplia nossos horizontes, nos tornamos pessoas mais ativas e em busca de melhorar sempre. Fui criada por um mulherão, uma mulher que saía muito cedo para trabalhar e buscava trazer sempre o melhor para a família. Minha mãe sempre buscou construir algo que superasse a história das nossas ancestrais. Tenho muito orgulho da minha mãe. Ela é muito inspiradora para mim. Ela sim é um mulherão, uma referência. E eu estou em busca disso, me tornando uma versão cada vez melhor de mim.