Stalker? Em que momento a curiosidade se torna tóxica?Reprodução

Olá, meninas!
Que as redes sociais nos aproximaram e facilitaram a comunicação, isso é uma realidade. Por outro lado esse avanço tecnológico também vem trazendo situações desconfortáveis para os usuários, e pode interferir no comportamento social das pessoas. O famoso “stalkeamento” na vida do outro virou uma tendência diante de tamanha exposição. Bisbilhotar tornou-se incrivelmente fácil.
Mas até que ponto o que começa como uma curiosidade pode se tornar perigoso? Segundo a psicanalista Andrea Ladislau, as redes sociais - e a enorme vitrine que elas oferecem - permitem o completo anonimato enquanto se vasculha a vida do outro. Mas isso precisa de controle. “Quando essa curiosidade se torna tóxica, stalkear a vida alheia faz mal para nossa saúde mental”, explica a psicanalista Andrea Ladislau.
Algumas pessoas podem justificar esse tipo de comportamento como sendo apenas uma situação comum, por pura curiosidade. Mas até onde essa curiosidade intensa faz bem para quem está bisbilhotando ou para quem está sendo bisbilhotado? “A grande verdade é que, ao percorrer as vidas alheias online, podemos nos deparar com comparações prejudiciais, sensação de inferioridade e até mesmo elevação da ansiedade. Isso se torna ainda pior quando envolve comportamentos compulsivos, como o stalking, que significa "caçar" ou "perseguir" alguém - inclusive no mundo online”, explica a psicanalista.
É essencial reconhecer quando esse comportamento se torna prejudicial para a saúde emocional. É necessário se livrar dos medos, das comparações e do sentimento de inferioridade para romper com possíveis padrões familiares de limitação e assim encontrar a cura para um comportamento desvirtuado.
“Caso não consiga admitir sozinho e se livrar dessas atitudes disfuncionais, a ajuda de um profissional de saúde mental será fundamental. Pois, ele oferecerá um espaço para a construção de limites saudáveis, a partir da compreensão das motivações ligadas ao impulso de stalkear com foco excessivo no outro. Compreender que o foco deve ser no cultivo de uma relação mais saudável com o seu tempo e suas emoções, é libertador e ajudará na busca pelo equilíbrio emocional necessário, na navegação dentro das redes sociais”, finaliza.
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