Apesar de estarmos no mês do Dia dos Namorados, em que o clima de romance está no ar, o casamento parece já não ter o mesmo valor de antigamente. E parece que o compromisso amoroso está durando cada vez menos. Segundo Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo IBGE, no Brasil houve uma queda no tempo médio de duração dos casamentos, caindo de aproximadamente 16 para 13,8 anos.
Um estudo feito pelo Departamento de Sociologia da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, revelou que casais que oficializam uma união antes de completarem um ano de namoro têm cerca de 40% mais chances de se divorciarem. Outros estudos também indicam que a duração do relacionamento, antes de dar o próximo grande passo, tem grande influência na longevidade do casamento.
Mas o que dizem os especialistas? Para te ajudar a ter um relacionamento longo e feliz, pegamos algumas dicas com Claudia Petry, que é terapeuta sexual e também com a Monica Machado, psicóloga. Elas explicam que não existe uma fórmula universal, até porque cada casal tem suas particularidades. Mas a maturidade e a profundidade na relação podem ajudar bastante.
Sendo assim, para não tomar nenhuma atitude precipitada, confira as reflexões das especialistas abaixo e veja se está pronto para uma vida a dois:
Apaixonada, não vale! - Na fase da paixão, o julgamento lógico fica comprometido. O sistema de recompensa do cérebro diminui a atividade do córtex pré-frontal, região responsável pela capacidade de pensar e agir racionalmente. Aí que mora o perigo. A pessoa perde o senso crítico sobre o indivíduo por quem está apaixonado. Não à toa, existe a famosa expressão 'o amor é cego'.
O sexo é ótimo? - Um estudo realizado na Alemanha mostrou que após os primeiros dois anos de convivência, os casais tendem a ter uma redução na atividade sexual, realizada, em média, cinco vezes por mês. Ou seja, se no ápice do namoro você já sente que não há compatibilidade no sexo, imagine após anos de casamento, quando a tendência é diminuir a frequência e a disposição sexual?
A diferença de idade é muito grande? - Todo relacionamento tem desafios, mas namorar alguém de uma geração diferente traz suas próprias complicações. Essa discrepância reflete tendências de vida diferentes. Cada um está vivenciando sua própria jornada, com outras realidades econômicas, profissionais e sociais. Há outro desafio: a diferença de idade pode interferir no sexo, nos desejos, nas preferências sexuais, nas questões biológicas/fisiológicas e até nos tabus. Os homens geralmente atingem seu auge sexual por volta dos 20 anos, enquanto as mulheres tendem a atingir seu ápice entre 30 e 40 anos.
Ambos querem filhos? - Quando um dos dois quer filhos e o outro, nem pensar, a questão se torna bem complicada. Claro que um dos dois pode mudar de ideia, mas é um risco que não se deve correr. Sejam firmes e claros quanto aos seus objetivos, sem deixar falsas expectativas.
Lembre-se: “Para sempre” é tempo demais, especialmente porque vivemos mais agora do que quando a instituição do casamento foi inventada. Além dos filhos, existem poucas coisas com as quais nos comprometemos por toda a vida. Portanto, é essencial que um compromisso tão sério exija mais racionalidade e menos impulsividade.
Mesmo assim você aceita esse desafio do casamento? Me conta? Aguardo vocês no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h30. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.
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