A Cardiopatia Congênita pode surgir ainda no período de gestaçãoReprodução

Olá, meninas!

Hoje, dia 12 de junho, também celebramos uma outra data muito importante, o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. Todos os anos a doença atinge cerca de 130 milhões de crianças pelo mundo e só no Brasil são mais de 20 mil bebês que precisam de cirurgia no coração para sobreviver.

Cerca de 10% dos bebês no Brasil nascem com algum problema cardíaco. E 2% destes apresentam doenças mais graves, a cardiopatia congênita, alterações que exigem atenção e assistência. A sua causa inclui fatores genéticos, uso de medicamentos, entre outros. Para saber mais sobre o assunto, conversamos com o Dr. Andrey Monteiro, cirurgião cardíaco para entender a importância desse dia. Segundo ele, o diagnóstico precoce pode salvar muitas vidas, por isso é importante conscientizar a população sobre os sintomas e acesso ao tratamento.

Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dr. Andrey coordena uma equipe de cirurgia cardíaca pediátrica e também é cirurgião do projeto Pró-Criança Cardíaca A iniciativa contabiliza milhares de crianças operadas, em mais de 20 anos de atuação. O grupo presta assistência às crianças com cardiopatia congênita e entre elas está a Rebecca. A menina tem hoje 6 anos e foi operada aos 8 meses de idade. Ela foi diagnosticada com sopro no coração.

“No primeiro momento foi um susto muito grande ouvir esse diagnóstico. Para a gente aparece como uma doença rara, isso assusta. Foi desesperador. Mas o acompanhamento e o acolhimento com a equipe foram fundamentais. Hoje ela tem seis anos e é uma criança esperta, gosta de brincar”, explica Crislin da Conceição, mãe de Rebecca.

Confira a entrevista completa com o Dr. Andrey e todas as informações sobre a Cardiopatia Congênita.

O que é a Cardiopatia Congênita?
Durante a formação do coração do feto podem ocorrer alterações anatômicas que fazem com que órgão tenha uma má formação e apresente alterações em comparação com um coração normal. Existem dezenas de cardiopatias diferentes. Algumas podem deixar o bebê roxo por falta de sangue nos pulmões. Outras podem causar aumento do fluxo de sangue no coração. Com isso, causar cansaço, falta de ar e até baixo desenvolvimento. Os defeitos congênitos do coração ocorrem em cerca 1 % dos nascidos vivos. Bebês com síndromes genéticas ou histórico familiar têm maior risco.

Quais são os tratamentos para a doença?
Cerca de 50 % das cardiopatias congênitas irão necessitar de cirurgia ao longo da vida. 30 a 40 % irão realizar a cirurgia no primeiro ano de vida. E 1/3 destes a cirurgia ocorrerá ainda no período neonatal. Ou seja, dentro do primeiro mês de vida. Os defeitos congênitos já nascem com o paciente. Porém, mesmo pacientes tratados podem necessitar de novas intervenções na vida adulta. Existem pacientes que não tiveram o diagnóstico no momento adequado e acabam realizando o tratamento mais tardio e até na vida adulta.

Quais são os dados sobre a doença?
No Brasil todos os anos nascem cerca de 24 mil bebês com cardiopatias congênitas. Cerca de 50% irão precisar de cirurgia. Mesmo pacientes assistidos no momento adequado irão necessitar de intervenções. Então além dos novos casos, existem pacientes já tratados que necessitarão de novas intervenções ao longo da vida. Fazendo com que este número não pare de crescer.

Como é possível conscientizar a população sobre esse problema?
O diagnóstico precoce e a oferta de linhas de cuidado são os pontos principais para tratar o problema. O ecocardiograma fetal e os testes clínicos ainda no berçário vão aumentar as chances de diagnóstico.
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