Érica Paes, ex-lutadora de MMA e criadora do programa "Empoderadas"Divulgação
Eu nasci e fui criada em Belém, cercada por uma família forte e amorosa. Minha mãe sempre foi uma mulher forte, um exemplo de resiliência e determinação. Meu pai era meu melhor amigo, sempre me apoiando em todas as minhas decisões e conquistas. Essa base familiar sólida me deu a força necessária para enfrentar os desafios da vida.
Ser avó aos 40 anos é uma experiência incrível e inesperada. Me sinto renovada e cheia de energia para acompanhar o crescimento do meu neto. É uma fase de muito aprendizado e amor, onde posso retribuir todo o carinho e apoio que recebi da minha família.
A trajetória do Programa Empoderadas tem sido desafiadora, mas também extremamente gratificante. Desde o início, enfrentamos muitas barreiras, como a falta de recursos e apoio. No entanto, com determinação e trabalho árduo, conseguimos alcançar um impacto significativo na vida de muitas meninas e mulheres. Os maiores desafios foram superar o preconceito e a resistência inicial, mas a força e a união de nossa equipe foram fundamentais para o sucesso do projeto.
Sempre acreditei no potencial e sabia que conseguiríamos alcançar tantos resultados. Embora nem tudo tenha saído como planejado, as adaptações ao longo do caminho nos permitiram crescer e melhorar continuamente. A chave foi manter o foco no objetivo principal: empoderar e proteger meninas e mulheres contra a violência.
Temos muitos planos para o futuro, incluindo a expansão do Programa Empoderadas para outras regiões e a criação de novas iniciativas de conscientização e prevenção. Ainda há muito a ser feito na pauta pela defesa das mulheres, como o fortalecimento das leis de proteção, o aumento da rede de apoio e a promoção da igualdade de gênero em todas as esferas da sociedade.
Apesar dos avanços, a violência contra mulheres ainda é um problema persistente. Precisamos de mais educação e conscientização para mudar mentalidades e comportamentos. Além disso, é crucial garantir que todas as vítimas tenham acesso a recursos de apoio e proteção. A colaboração entre governo, organizações não-governamentais e a sociedade civil é essencial para criar um ambiente seguro para todas as mulheres.
Eu me considero uma mulher forte e determinada, determinação essa que o esporte me trouxe, mas acredito que o verdadeiro "mulherão" é aquela que luta pelos seus direitos e pelos direitos das outras mulheres, enfrentando desafios com coragem e resiliência. Ser um mulherão é ter a capacidade de se reinventar e de transformar o mundo ao seu redor.
Queridas mulheres, nunca subestimem a força que têm dentro de vocês. Vocês são capazes de superar qualquer obstáculo e de alcançar todos os seus sonhos. Juntas, somos mais fortes. Continuem lutando pelos seus direitos, apoiando umas às outras e inspirando mudanças positivas. Acreditem sempre no seu potencial e lembrem-se de que não estão sozinhas!
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