Sustentabilidade industrial foi tema de debate entre empresários da BaixadaDivulgação

Duque de Caxias - O tema sustentabilidade foi pauta entre os empresários do Conselho da Firjan Caxias e Região. O grupo debateu sobre atitudes que podem ser aplicadas na atividade industrial, de forma a tornar o processo produtivo mais responsável social e ambientalmente. Na ocasião foram mencionados estudos elaborados pela Firjan, destacando empresas que apresentaram bons resultados ao adotarem a bioeconomia nos negócios, assim como os principais resultados da mais recente Pesquisa ESG 2023.

O objetivo do debate foi alertar os empresários sobre iniciativas que muitas vezes são de fácil alcance e já podem ser adotadas.
“Essa foi uma excelente oportunidade para os empresários identificarem em suas atividades medidas que podem tornar o processo produtivo mais sustentável, mantendo a rentabilidade do negócio e proporcionando benefícios para a sociedade e o meio ambiente”, destacou o presidente da Firjan Caxias e Região, Roberto Leverone.
Sustentabilidade industrial foi tema de debate entre empresários da Baixada - Divulgação
Sustentabilidade industrial foi tema de debate entre empresários da BaixadaDivulgação


A apresentação de casos bem-sucedidos na região foi um incentivo para que os empresários pensem em medidas que podem ser aplicadas e os que já as adotam, podem apresenta-las na edição de 2024 do Prêmio Firjan de Sustentabilidade que está com inscrições abertas até o dia 28/6, pelo https://bit.ly/4cimAwa.

Entre os 12 casos apresentados pela analista de Sustentabilidade da Firjan, Lídia Vaz, está o da empresa da Baixada Fluminense, a Madre Frutos. Ela foi vencedora na edição de 2023 do Prêmio, com o projeto social desenvolvido por mulheres da comunidade do entorno do Vale do Rio Santo Antônio. A iniciativa tem como propósito fomentar uma economia regenerativa, promovendo o desenvolvimento socioeconômico, usando a jaca, fruto em abundância na região, para a criação de diversas receitas. O projeto gera renda, emprego para as mulheres e mães da região e consequentemente, segurança alimentar para as famílias.

A analista destacou que a publicação Bioeconomia, Natureza e Negócios sobre o tema, a federação enfatiza a bioeconomia como uma “abordagem econômica sustentável, voltada aos diferentes setores e centrado no uso de recursos, processos ou tecnologia de base biológica”. O gerente de Sustentabilidade da Firjan, Jorge Peron Mendes, reforçou que a partir da publicação, se constatou o quanto essa já é uma realidade para as empresas no estado do Rio.
“Recorrermos a análise de projetos vencedores do Prêmio Firjan de Sustentabilidade e constatamos que muitas indústrias do estado já praticam a bioeconomia, seja de forma pensada, estratégica ou até mesmo intuitiva. Ao olhar os cases, muitos empresários identificam ações que já praticam e podem passar a contribuir com a iniciativa. A publicação visa lançar luz para a Bioeconomia atraia a atenção dos empresários e mostre que a indústria do Rio está engajada neste tema”, enfatizou o gestor, que também apresentou o resultado da Pesquisa ESG 2023.

O tema ESG vem sendo abordado pela Firjan desde 2020 e a pesquisa contou com a contribuição de empresas que já consideravam as práticas de ESG como parte da estratégia de negócios.
“ESG é um assunto comum para empresas multinacionais, é um tema de grande relevância. A nossa pesquisa considerou a realidade de 162 empresas de pequeno, médio e grande porte e buscou compreender como as práticas ESG estão sendo aplicadas, tanto por grandes organizações, quanto pelo seu encadeamento produtivo”, explicou.

A pesquisa Firjan ESG 2023 mostrou que 87% das empresas participantes tem conhecimento sobre as práticas de ESG. O resultado também indicou que 85,2% das empresas adotam os critérios ESG na sua gestão e que 71,6% consideram os critérios na cadeia de fornecedores. Entre as participantes, 76,5% adotam ferramentas de gestão ambiental, 65,4% aderem a práticas sociais e 61,1% de governança. A pesquisa mostra que as mudanças climáticas têm impulsionado as empresas na adoção de compromissos públicos e metas voluntárias de descarbonizacão. Este é um dos fatores considerados relevantes na atividade industrial, impactando na competitividade entre as empresas, mas trazendo oportunidade de invocação e participação em mercados de carbono.

A transição energética no Brasil também foi tema do encontro, em que a especialista de estudos econômicos da Firjan, Tatiana Lauria, abordou com os empresários questões relativas ao mercado livre, geração distribuída e impostos aos consumidores.