A candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira, 18, que, caso seja eleita em outubro, vai dar transparência no primeiro dia de governo ao orçamento secreto, ao qual chamou de "maior ato de corrupção do planeta terra".
"Se eu for eleita presidente, com esta caneta, eu dou transparência no orçamento secreto com um ato exigindo que todos os ministros de Estado deem transparência nas contas. Vão dizer qual é o parlamentar que mandou recurso, e qual é [a destinação], para saber se lá na ponta esse dinheiro chegou", disse Tebet hoje na seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), onde participou de uma rodada de sabatinas com os presidenciáveis.
A fala se deu enquanto Tebet respondia uma pergunta sobre o sistema de presidencialismo de coalizão e, neste contexto, a senadora e candidata disse que, sempre foi a favor da reeleição, mas mudou de ideia recentemente. "Hoje sei que o maior problema do Brasil é a reeleição. Faz com que o chefe do Executivo assuma e já pense no que precisa fazer para se manter no poder nos próximos oito anos. E, aí, dá margem a toda sorte de negociatas para fazer tudo que não atende a interesse público e eleitoral para permanecer".
"Vamos lembrar do mensalão, que comprou a consciência dos parlamentares para garantir governabilidade à base de pagamento de mesadas. O mensalão descoberto, se inventou o petrolão", afirmou, destacando a participação de seu partido. "É preciso fazer um mea-culpa em relação a isso. Eu não tive participação direta, mas meu partido sim".
Ela continuou mencionando o orçamento secreto, citando ainda a escalada nos valores pagos. "No mensalão, falávamos em R$ 2 bilhões. Agora estamos falando em R$ 19 bilhões comandados por meia dúzia de parlamentares. A história dirá se estamos diante do maior ato de corrupção do planeta".
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