Nesta quinta-feira, 27, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza a última sessão ordinária da Corte antes do segundo turno das eleições de 2022, que acontecem no domingo, 30. A sessão plenária ocorre em meio a um embate da campanha do atual presidente , Jair Bolsonaro (PL), contra a Justiça Eleitoral.
Na quarta-feira, 26, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, indeferiu uma ação aberta pela campanha de Bolsonaro para que a Corte investigasse a supressão de propagandas em rádio em algumas regiões do país.
Segundo o ministro, o pedido é "genérico" e alegou que a acusação de fraude não tem "qualquer comprovação". No entanto, Moraes pediu que a Procuradoria-Geral Eleitoral apure se houve crime eleitoral, além disso, também pediu para que a campanha do atual presidente seja investigada por uma possível tentativa de "tumultuar" a reta final das eleições.
Bolsonaro acredita em boicote
Na noite de quarta, Bolsonaro convocou, em caráter de urgência, os três comandantes das Forças Armadas para uma reunião, na qual o principal assunto foi o suposto boicote à propaganda de rádio e televisão à campanha eleitoral do mandatário.
Logo depois do encontro com os militares, o chefe do Executivo conversou com a imprensa e anunciou que irá recorrer "às últimas consequências" da decisão do presidente do TSE Alexandre de Moraes de arquivar a ação de sua campanha que alega supressão de inserções de comerciais eleitorais em rádios no Norte e no Nordeste. Segundo Bolsonaro, Moraes "matou no peito" a ação ao não dar aportunidade sequer de uma investigação sobre o caso.
Durante a entrevista a jornalistas, Bolsonaro chegou a dizer que tem provas "contundentes" de que foi prejudicado por terem sido transmitidas mais inserções de Lula do que dele em algumas regiões. "Certos lugares que achava que iria bem e poderia, até ganhar, nossa análise, pode ter havido outros fatores, vimos que perdemos. Com toda a certeza, as inserções de rádio fizeram a diferença ou poderiam ter feito a diferença. Não existe outro fator que a gente possa levar em conta nesse momento", disse o mandatário.
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