Simone Tebet (MDB) ao lado de Geraldo Alckmin (PSB) nesta terça, 8Reprodução/Redes Sociais
Tebet também foi candidata a presidência da República. Ela foi escolhida por 4.915.423 dos eleitores, o equivalente a 4,2% dos votos válidos no primeiro turno das eleições, ficando no terceiro lugar na disputa. Já no segundo turno, optou pelo apoio a Lula contra Bolsonaro e foi bastante relevante ao petista para conquistar os votos das mulheres e de indecisos que se alinhavam mais ao centro.
Durante o anúncio da transição, a senadora disse que terá 40 dias de trabalho intensos para avaliar e fazer um diagnóstico do que aconteceu nesses três anos e meio no governo Bolsonaro. "Qual é o grande fim desse projeto que se sagrou vencedor nas urnas? É a pauta social. E é disso que nós temos que tratar. Da fome, da geração de emprego, renda, e de recursos para fazer políticas públicas, habitação, melhoria na área da saúde, da educação. Então, nessa divisão não poderia ter outra opção a não ser escolher desenvolvimento social e isso foi acatado pelo vice-presidente e nós vamos colaborar", explicou Simone.
"Simone, com sua experiência, sensibilidade e força da mulher, vai trabalhar conosco na área do desenvolvimento social, que é uma área importantíssima", ressaltou. "Ela tem expertise, experiência e espírito público para ser ministra de qualquer área, mas não tem relação entre transição e ministério. São coisas diferentes", completou Alckmin. Tebet é uma das cotadas para assumir um ministério no governo Lula.
MDB oficialmente convidado para a transição
Nesta terça-feira, 8, o MDB foi convidado oficialmente pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para fazer parte da equipe de transição de Lula. O comunicado da deputada federal foi feita ao lado do presidente nacional emedebista, Baleia Rossi, após reunião na Câmara dos Deputados.
"Gostaríamos muito que o MDB participasse desse conselho político do governo de transição para a gente discutir as questões programáticas, o que vem pela frente, as dificuldades que podemos ter", falou Gleisi Hoffmann.
Baleia Rossi agradeceu o convite e revelou que conversará com líderes do MDB para saber se o partido irá participar da transição. Ele relatou que enxerga “espírito colaborativo” por parte da legenda.
"É uma decisão que não vou tomar sozinho. O MDB tem muitos líderes, vou conversar com cada um deles. Mas posso adiantar que vejo no partido um espírito colaborativo", afirmou. "Acredito que até amanhã teremos essa definição", completou.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.