Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Michel Temer (MDB)Reprodução

Apesar de avaliar que a frente ampla formada pelo governo de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "ajuda na pacificação" do país, o ex-presidente Michel Temer (MDB) considera que deveria haver "mais palavras de tranquilização" por parte do petista. Temer defendeu na manhã desta quarta-feira, 9, que o presidente eleito convoque políticos de oposição, chefes de poder e entidades da sociedade civil para fazer um "grande pacto nacional para tranquilizar o país".

Na avaliação do emedebista, uma movimentação em tal sentido teria uma "repercussão interna extraordinária" e uma repercussão internacional positiva, considerando que o país precisa de investimentos externos. Segundo Temer, é preciso "encontrar uma via de pacificação do diálogo".

Em palestra realizada na manhã desta quarta-feira, 9, no Congresso Nacional das Sociedades de Advogados, o ex-presidente pregou que é necessário cumprir a Constituição. Segundo Temer, "não temos tido isso no presente momento".

"Uma regra que se estabeleceu no país é a de que as pessoas não cumprem a Constituição, porque se ela fosse cumprida rigorosamente você tem harmonia entre poderes e a determinação da paz", afirmou.

Sobre o documento que as Forças Armadas devem levar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, 9, sobre as urnas eletrônicas e as eleições 2022, o ex-presidente diz acreditar que será apresentado "um relatório tranquilizador". "Pelo menos espero".
*Com informações do Estadão Conteúdo