Carol Sponza (NOVO) é a terceira entrevistada da 6ª edição do 'Movimento Rio em Frente' Eduardo Uzal / Divulgação / Agência O Dia

Rio - Candidata do Partido Novo à Prefeitura do Rio de Janeiro, Carol Sponza abriu nesta quarta-feira (28) o segundo dia da 6ª edição do 'Movimento Rio em Frente'. A série de entrevistas com os candidatos a prefeito da capital carioca, apresentada pela Fecomércio-RJ, com realização dos jornais O DIA e MEIA HORA, SBT e Veja Rio, acontece até sexta-feira (30) no auditório da entidade, no Flamengo, Zona Sul.

A candidata conversou com a apresentadora Isabele Benito, âncora do SBT Rio, sobre algumas de suas propostas para a cidade. Entre elas, transformar a Guarda Municipal em polícia municipal e oferecer educação complementar no contraturno escolar para alunos de instituições públicas por meio de uma parceria com cursos privados.

Confira abaixo os principais trechos da conversa, que foi transmitida ao vivo pelas plataformas digitais do DIA, como YouTube e Facebook, e também pelo SBT News.

A senhora pretende reformar as unidades municipais de ensino e ampliar o tempo de permanência do estudante nas escolas. Caso a senhora seja eleita, como pretende fazer isso?

Carol Sponza - Há um déficit hoje na prefeitura de 15 mil vagas em creches. Como mulheres podem voltar a trabalhar se não tem com quem deixar seus filhos e o ensino que se diz integral acaba às 14h30? Nossa proposta é colocá-los em atividades no contraturno escolar, em oficinas de capoeira, curso de línguas privados que estiverem na região em que eles moram. Os alunos ganhariam um voucher e a prefeitura pagaria. O privado pode oferecer esses cursos com menos custo por aluno e mais eficiência. Só vamos conseguir zerar a fila de creches se fizermos uma parceria com o privado. E também há déficit nos concursos para professor (da rede municipal de ensino), sabemos que há buracos. Se for eleita, vou mapear esses déficits. A meta é que cada turma (das escolas municipais) tenha 26 alunos em vez de 40.

Uma de suas propostas é ampliar o programa de telessaúde em clínicas da família e hospitais municipais. O que mais você acha que pode ser feito para melhorar a saúde pública no município do Rio de Janeiro?

Carol Sponza - Modelos inovadores são opções. Temos 70% de cobertura da saúde da família, temos que chegar a 100%. Queremos ampliar a cobertura através da telemedicina. Hoje os hospitais são administrados por Organizações Sociais de Saúde (OSS). Sou a favor da parceria público privado, o privado que sabe fazer a gestão de forma mais eficiente. O problema é a renovação dos contratos de forma indiscriminada. Também sou a favor de ter um horário estendido para atendimento, para a realização de exames, o corujão da saúde. E da transparência, ter todas as informações da prefeitura 100% acessíveis.

Um dos maiores problemas da cidade do Rio de Janeiro é a violência. Você tem como plano de governo a contratação de novos guardas municipais e treinamentos mais rigorosos para os agentes. Outro plano é criar a Polícia Municipal. Você considera armar a Guarda Municipal como solução para frear a violência?

Carol Sponza - A maior dor do carioca hoje é a segurança. Uma plataforma (o site Numbeo.com, especializado em coletar dados sobre cidades e países do mundo) ranqueou as dez cidades mais perigosas do mundo, e o Rio de Janeiro está em sétimo lugar. O turista deixa de vir para o Rio porque ele tem medo de ser assaltado na Praia de Copacabana. A segurança deveria ser uma atribuição compartilhada da prefeitura com o estado. Mas nosso prefeito lava as mãos e joga para o governo. Nossa proposta é assumir que a prefeitura também é responsável.
Podemos transformar a Guarda Municipal em Polícia Municipal, fazendo uma capacitação intensa e armando nossos agentes. Eles podem atuar no turismo, fazendo rondas em pontos turísticos. E também nas demandas da lei Maria da Penha, de violência doméstica. E, assim, desafogar a Polícia Militar. Ainda pretendemos asfixiar as fontes de receitas do crime organizado. Usar Inteligência artificial, câmeras de segurança com a resolução devida. Inteligência artificial e tecnologia estão cada vez mais acessíveis.

E quais são as suas propostas para gerar emprego e fomentar o turismo?

Carol Sponza - Temos a intenção de fomentar ainda mais o investimento comercial e turístico. Faremos um projeto para que os camelôs não sejam expulsos ou desrespeitados nas ruas. É preciso legalizá-los, promover feiras para que eles tenham onde trabalhar. Por outro lado, os pontos de roubos de carga aumentaram ostensivamente na avenida brasil. Para onde essa mercadoria vai? Para o comércio ambulante. Mas é trabalho da prefeitura estimular o comércio e dar emprego para essa população que está vendendo mercadoria que não foi roubada 17 min. Também queremos oferecer capacitação para o prestador de serviço do turismo, capacitar nossa mão-de-obra, oferecer cursos técnicos de línguas, hospitalidade. A cidade tem vocação e queremos preparar os nossos jovens para isso.

No seu programa de governo há uma proposta de trazer 'tecnologias verdes' para os problemas causados pelo descarte de resíduos. Quais são os seus outros projetos no quesito meio ambiente?

Carol Sponza - A questão do meio ambiente passa por diversos pontos. Principalmente, combater ocupações ilegais, evitar o assoreamento dos rios, limpar os valões. Bueiros têm que ser inteligentes. com a inteligência artificial é possível identificar os bueiros entupidos. Saneamento básico foi discutido amplamente no congresso nacional. O marco do saneamento foi um avanço do nosso país na gestão passada, estamos brigando para que sejam mantidas as metas, tirar isso de estatais que não têm capacidade de ampliar a rede de esgoto e deixam a população no coco.

Já que temos uma candidata mulher à prefeitura, você tem algum projeto para incluir mulheres no mercado de trabalho?

Carol Sponza - Temos o projeto de recuperar a economia da cidade. Quando a economia melhorar, as mulheres vão ocupar o seu espaço, coisa que elas sabem fazer com maestria. Nossa proposta é melhorar a nossa cidade para que todo mundo tenha oportunidades iguais. O problema do Rio hoje é a falta de segurança, as empresas estão indo embora por falta de segurança. Que empresa privada tem coragem de investir aqui?