Vini Jr. foi também sofreu ataques racistas da torcida do Atlético de Madrid, em setembroOSCAR DEL POZO / AFP

O presidente da LaLiga, Javier Tebas, não gostou das críticas de Vini Jr. sobre a falta de ações da entidade no combate ao racismo. O dirigente rebateu o atacante do Real Madrid, que mais uma vez foi vítima de insultos racistas, agora da torcida do Valladolid, na sexta-feira (30).
"A LaLiga combate o racismo há anos. Vini Jr, é injusto e não é verdade publicar que a LaLiga não faz nada contra o racismo. Se informe melhor. Estamos à sua disposição para que todos juntos, possamos caminhar na mesma direção", escreveu Tebas.
Após a manifestação de Vini Jr., a Laliga publicou uma nota oficial afirmando que "identificou insultos racistas de um torcedor em suas redes sociais e que estava nas arquibancadas do Estádio Zorrilla". Além disso, a entidade anunciou que denunciará os atos à Comissão Antiviolência e à Procuradoria de Crimes de Ódio, "como já foi feito em outras ocasiões".
Na mesma nota, a LaLiga defendeu-se das críticas do brasileiro e listou casos de racismo em que teria agido. Em todos eles, apenas fez denúncias a outros órgãos, que não deram prosseguimento ou punições. E a entidade não citou nenhuma medida esportiva aos clubes cujas torcidas praticaram atos racistas.
Na vitória do Real Madrid por 2 a 0, Vinícius Júnior foi substituído aos 42 minutos do segundo tempo e, enquanto deixava o campo pela lateral, foi chamado de "macaco" e escutou sons de pessoas imitando o animal. Os torcedores do Valladolid, clube presidido por Ronaldo Fenômeno, ainda arremessaram objetos em campo, e o brasileiro chutou um deles.
"Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto e a La Liga segue sem fazer nada. Seguirei de cabeça erguida e comemorando as minhas vitórias e do (Real) Madrid. No final a culpa é minha", escreveu Vini Júnior neste sábado nas redes sociais.