Governador do Rio, Cláudio Castro Divulgação Governo do Estado/Rogério Santana

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se manifestou nas redes sociais para negar uma frase polêmica que teria dito em um encontro com executivos da 777 Partners para tratar da licitação do Maracanã. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o governador prestou esclarecimentos sobre o ocorrido e criticou os membros do Vasco presentes na reunião por não terem negado a informação, que foi publicada na "Coluna do Lauro Jardim", do jornal "O Globo".  
"Na última sexta-feira, fui surpreendido por uma nota sobre a concessão do Maracanã, plantada de forma mentirosa na coluna do renomado jornalista Lauro Jardim. Aguardei até ontem para que os presentes à tal reunião pudessem desmentir tal nota, o que não fizeram. Demonstrando, dessa forma, não estarem à altura de uma instituição centenária como o Vasco da Gama. Dirigir um clube de dimensões do Vasco requer seriedade e, sobretudo, honestidade", diz Castro, em um dos trechos do vídeo.
"O que me foi perguntado é se teria data prevista para concessão. O que eu disse foi: 'sejam bem-vindos ao Brasil. Aqui, os Tribunais de Contas têm autoridade de retirar editais ao seu tempo e enquanto não fosse superado todos os questionamentos, não haveria o que se falar em data'. É muito triste saber que à mesa estavam sentados pessoas que eu prezo e gosto, como o ex-deputado estadual e hoje dirigente do Vasco da Gama, Carlos Roberto Osorio, assim como o deputado estadual Chiquinho da Mangueira, os quais não tiveram coragem de desmentir essa nota plantada de forma covarde", completou posteriormente. 
Mais cedo neste domingo, o vice-presidente do Vasco, Carlos Osorio, enviou uma nota ao jornal Lance! para falar sobre a reunião. Abaixo, veja a declaração do dirigente do Cruz-Maltino:  
"Com relação à nota publicada na sexta-feira na coluna de Lauro Jardim, eu gostaria de esclarecer que estive presente na reunião do Vasco com o Governador Claudio Castro no último dia 12/12/22. Acho importante contextualizar a situação. O tema principal da reunião era a Concessão do Maracanã. O Governador falava sobre a dificuldade dos ritos do sistema público brasileiro e por isso afirmou não poder dar garantias de datas para a conclusão da licitação, que foi suspensa pelo TCE", disse Osorio. 
ENTENDA O CASO
Na última sexta-feira, a "Coluna do Lauro Jardim", no jornal "O Globo", noticiou que, durante uma reunião entre executivos da 777 Partners e o governador do Rio, foi perguntado a Castro garantias de que o processo para a concessão do Maracanã seria justo. Segundo informou a coluna, a resposta teria sido a seguinte: "Isso aqui é Brasil. Ninguém pode te dar qualquer garantia". 
VEJA O VÍDEO E A DECLARAÇÃO DE CASTRO NA ÍNTEGRA
Na última sexta-feira, fui surpreendido por uma nota sobre a concessão do Maracanã, plantada de forma mentirosa na coluna do renomado jornalista Lauro Jardim. Aguardei até ontem para que os presentes à tal reunião pudessem desmentir tal nota, o que não fizeram. Demonstrando, dessa forma, não estarem à altura de uma instituição centenária como o Vasco da Gama. Dirigir um clube de dimensões do Vasco requer seriedade e, sobretudo, honestidade.
Mas antes de mais nada, quero fazer dois registros aqui. O primeiro é sobre a minha convicção de que o Maracanã deve ser administrado pelos clubes de futebol, e não simplesmente por empresas. A vocação do maior do mundo é para o futebol, e quem faz os espetáculos são os clubes. Portanto, é dessa premissa que nasce a minha certeza de que o melhor para o Maracanã é ter clubes de futebol à frente da sua gestão.
O segundo registro é sobre a minha determinação de que o processo de concessão deverá ser o mais transparente possível, já que estamos falando de patrimônio de valor afetivo para o nosso povo e o nosso país. É partir desse ponto que volto à nota da coluna do Lauro da última sexta-feira.
Recebi recentemente a diretoria do Vasco da Gama, conjuntamente com seu novo investidor, o tal fundo 777. Em momento algum, eu fui questionado se o processo de concessão seria justo. Seria, no mínimo, desrespeitoso perguntar isso para mim e para minha equipe. Se o fizessem, teria convidado a todos para se retirarem da sala imediatamente por tamanha ousadia.
O que me foi perguntado é se teria data prevista para concessão. O que eu disse foi: 'sejam bem-vindos ao Brasil. Aqui, os Tribunais de Contas têm autoridade de retirar editais ao seu tempo e enquanto não fosse superado todos os questionamentos, não haveria o que se falar em data'.
É muito triste saber que à mesa estavam sentados pessoas que eu prezo e gosto, como o ex-deputado estadual e hoje dirigente do Vasco da Gama, Carlos Roberto Osorio, assim como o deputado estadual Chiquinho da Mangueira, os quais não tiveram coragem de desmentir essa nota plantada de forma covarde. 
Nunca foi me perguntado se eu garantiria a lisura. Foi me perguntado se eu garantiria a data. E o que eu disse foi o seguinte: 'isso está no Tribunal de Contas'. Enquanto o Tribunal de Contas não devolver, não há de se falar. Infelizmente faltou coragem. Eu esperei mais de 24 horas a fim de que as pessoas que estavam na sala desmentissem. Como não fizeram, eu estou aqui, perante vocês, desmentido agora. Um forte abraço a todos, um forte abraço à toda nação vascaína e forte abraço a todos do nosso Rio de Janeiro e do Brasil.