O futebol brasileiro disputou a primeira partida na Libertadores de 2023 e já sofreu com racismo na noite de quarta-feira (22). Desta vez, o caso aconteceu contra os jogadores do Atlético-MG, que ouviram xingamentos de cunho racista de torcedores do Carabobo, da Venezuela, o que fez a Conmebol abrir processo disciplinar.
"A Conmebol considera totalmente inaceitável qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios. Em maio de 2022, o Conselho da Conmebol modificou o Código Disciplinar, aumentando as penas para atos discriminatórios", diz a nota publicada nas redes sociais.
O próprio clube mineiro flagrou os atos racistas na chegada ao Estádio Olímpico, de Caracas, onde empatou em 0 a 0 com os venezuelanos pela partida de ida da segunda fase da pré-Libertadores. No vídeo, é possível ouvir torcedores xingando "Filho da p... macaco".
O Clube Atlético Mineiro repudia veementemente as ofensas racistas e xenofóbicas dirigidas à nossa delegação durante a chegada do time ao estádio Olímpico de Caracas. pic.twitter.com/L2SAnij7ge
Devido ao alto número de casos de racismos, especialmente contra brasileiros, no ano passado, a Conmebol modificou o artigo 17 do Código Disciplinar que prevê punições mais duras aos clubes cujos torcedores cometerem o crime.
Com isso, o Carabobo pode receber multa entre 100 mil dólares (cerca de R$ 517 mil), a 400 mil dólares (R$ 2 milhões). Além disso, pode sofrer punição desportiva, com parte do estádio sem torcida, caso avance de fase.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.