Maracanã voltou a ser alvo da disputa entre Flamengo, Fluminense e Vasco pela gestãoDivulgação

O Tribunal de Justiça (TJ-RJ) estipulou o prazo até segunda-feira (24) para a Casa Civil do Governo do Estado do Rio se manifestar sobre o novo Termo de Permissão de Uso (TPU) com renovação automática para Flamengo e Fluminense. A decisão aconteceu após o Vasco entrar nesta quinta-feira (20) com um mandado de segurança para que houvesse um chamamento público sobre a nova permissão temporária para administrar o estádio.
O juiz Marcello Alvarenga Leitte, da 9ª Vara de Fazenda Pública, acatou parcialmente o pedido dos advogados do Vasco. Entretanto, não deu liminar a favor do clube em relação à nova TPU por considerar que primeiro precisa haver uma resposta do governo.
O Cruz-Maltino quer fazer a gestão provisória do Maracanã e evitar que Flamengo e Fluminense consigam a sétima renovação automática da permissão. A atual TPU acaba na terça-feira (25) e o entendimento dos vascaínos é que há sinais claros de que um favorecimento aos rivais.
Um deles é que não houve chamamento público para uma concorrência pela gestão provisória do Maracanã. O Vasco, inclusive, alega que não consegue uma resposta do Governo do Estado há meses sobre o assunto.
"Como demonstrado, o próximo TPU está em vias de ser renovado - e desde outubro/22 o impetrante vem tentando participar de sua celebração, requerendo, ao menos, que sua oferta seja recebida. No último mês de março de 2023, o impetrante encaminhou notificação à autoridade coautora, respondida de forma evasiva", diz parte da decisão.
Na ação, os advogados do clube argumentam que há "flagrante desrespeito" aos princípios de isonomia e transparência no procedimento da TPU. Essa é mais um movimento vascaíno para tentar assumir a gestão do Maracanã.
O objetivo final é conseguir vencer a licitação para gerir o estádio pelos próximos 25 anos. Essa é uma mudança de postura desde a chegada da 777 Partners, que viu essa possibilidade como uma forma de aumentar a arrecadação.
O Vasco jogará neste domingo contra o Palmeiras no Maracanã, graças a outra ação na Justiça, que obrigou a gestão do estádio a aceitar receber o jogo.