Peru e Venezuela empataram em jogo pelas EliminatóriasErnesto Benavides/AFP

Peru - Problemas diplomáticos marcaram os momentos seguintes do empate entre Peru e Venezuela, em Lima, pelas Eliminatórias da Copa de 2026. A seleção venezuelana ficou na capital peruana após o reabastecimento do avião fretado, que a levaria para Caracas após o jogo, não ter sido liberado.
Em publicações nas redes sociais, representantes dos governos dos dois países trocaram mensagens ríspidas sobre o tema. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, afirmou que o governo do Peru impediu o voo.
"O Governo do Peru comete uma nova arbitrariedade contra os venezuelanos, ao impedir que o avião que traz de volta a seleção reabasteça o combustível para levantar voo. Um sequestro vingativo à nossa equipe, que fez um jogo extraordinário no dia de ontem", escreveu.
Em seguida, como resposta, o perfil da Chancelaria do Peru negou as acusações e afirmou apenas problemas burocráticos para a viagem acontecer.
"A Chancelaria lamenta a situação que atravessa o avião que transporta a Seleção Vinotinto e informa que o Governo do Peru não ordenou nenhuma medida que proíba o reabastecimento do referido navio. Da mesma forma, salienta que as referidas aeronaves vêm enfrentando restrições de fornecimento de caráter comercial privado, fora do controle do Estado peruano. No entanto, a Chancelaria está tomando medidas para resolver esta situação o mais rápido possível",  informou o governo peruano.

Relatos de agressão

Também após a partida pelas Eliminatórias, atletas da Venezuela registraram agressões da polícia local contra torcedores e elenco. O zagueiro Ferraresi, do São Paulo, disse que foi agredido com cassetete duas vezes durante celebração com os fãs presentes.
"Depois do apito final fomos à torcida da Venezuela. Depois, Salo (Rondón) vai dar sua camisa, eu vou atrás dele. Quando vou atirá-la para a torcida, a polícia me bloqueia. Alguns se irritaram, não sei o que aconteceu, e tiraram os cassetetes para nos bater. Me bateram duas vezes na mão. Me bateram dois vezes, me machucaram um pouco, mas nada grave", disse o defensor, em entrevista ao canal oficial da seleção venezuelana.