Ednaldo Rodrigues tenta voltar à presidência da CBFDivulgação

A CBF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta segunda-feira (11), para tentar recolocar Ednaldo Rodrigues na presidência. A ação aconteceu pouco depois da decisão do TJ-RJ, que destituiu o dirigente do cargo, ser publicada.
O recurso da CBF para anular a decisão do TJ-RJ foi entregue à presidente do STJ Maria Thereza De Assis Moura. Os advogados da entidade, inclusive alegaram o risco de punição na Fifa para pedir urgência e conseguir reverter a decisão, segundo o site 'Uol'.
Ednaldo Rodrigues e outros oito vice foram destituídos de seus cargos na quinta-feira, e o presidente do STJD, José Perdiz, foi nomeado como interventor. Essa é outra decisão contestada pela CBF, que ressalta que a Lei Pelé proíbe dirigentes de terem função na Justiça Desportiva.
O objetivo da ação é conseguir que Ednaldo retorne ao cargo antes de uma decisão final. Se não conseguir, deve haver uma nova eleição para presidente da entidade máxima do futebol brasileiro.


Relembre o caso

Por 3 votos a 0, a 21ª Câmara de Direito Privado considerou que o Ministério Público do Rio (MP-RJ) não poderia tratar de assuntos ligados à confederação, uma entidade privada. Isso porque houve um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre MP e CBF, em março de 2022, que permitiu a convocação de uma Assembleia Geral, que elegeu Ednaldo Rodrigues, até então presidente interino.
Com o TAC e a nova eleição, vice-presidentes foram trocados antes de cumprirem o tempo estipulado nos cargos. Alguns deles recorreram na Justiça.
Diante do problema, a Fifa chegou a enviar dois ofícios à CBF, ressaltando o risco de punição se fosse comprovada interferência da Justiça Comum na entidade. Entretanto, o risco de exclusão do Fluminense no Mundial de Clubes ou dos clubes brasileiros da Libertadores é considerada pequena.