Mohammed ben Sulayem, presidente da FIAAFP

O presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed ben Sulayem, está sendo investigado por suspeita de interferir no resultado da corrida do Grande Prêmio da Arábia Saudita de 2023. Segundo a "BBC", ele teria trabalhado e influenciado comissários a reverter a punição aplicada a Fernando Alonso.
Ainda segundo o veículo britânico, o relatório da investigação foi assinado pelo diretor de compliance Paolo Basarri. Inicialmente, ben Sulayem teria feito o pedido ao sheik Abdullah bin Hamad bin Isa Al Khalifa, vice-presidente da federação no Oriente Médio e Norte da África.
Alonso largou aquela corrida na segunda colocação, entretanto, sofreu uma punição de cinco segundos por alinhar o carro fora da posição no grid. Ele cumpriu tal penalização na 19ª volta, porém, o Centro Remoto de Operações (ROC) da FIA foi informado de que havia um macaco encostado na traseira do veículo do espanhol nesses cinco segundos, o que contraria a regra de que um carro não pode ser tocado enquanto cumpre uma punição.
Com isso, Alonso teve sua punição ampliada para 10 segundos e, apesar de encerrar a corrida em terceiro lugar, caiu para o quarto. Entretanto, recuperou o pódio após uma apelação da Aston Martin, sua equipe, e ficou entre os três melhores pela centésima vez na sua carreira.
O argumento utilizado pela equipe, segundo relatório divulgado pela FIA, é que em pelo menos sete ocasiões anteriores, carros que cumpriam punição nos boxes estavam encostados em um macaco, mas não foram punidos. Com isso, os comissários da corrida acataram o apelo e Alonso encerrou na terceira posição.