Maradona faleceu no dia 25 de novembro de 2020AFP
Justiça da Argentina analisa áudios em investigação sobre morte de Maradona
Mais de 130 mil áudios estão sendo avaliados. Médicos que cuidavam do ex-jogador podem pegar de oito a 25 anos de prisão
Rio - A Justiça da Argentina se prepara para julgar os médicos que cuidavam do ex-jogador Diego Armando Maradona. O ídolo argentino, campeão mundial em 1986, faleceu no dia 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, em Buenos Aires. Oito profissionais da saúde serão julgados a partir desta quarta-feira (6), por meio da análise de cerca de 130 mil áudios. Eles podem pegar de oito a 25 anos de prisão.
Os profissionais são acusados de homicídio simples com eventual dolo. São réus no caso o neurocirurgião Leopoldo Luque; a psiquiatra Agustina Cosachov; o psicólogo Carlos Díaz; a médica que coordenava os cuidados domiciliares, Nancy Forlini; o coordenador de enfermagem Mariano Perroni; os enfermeiros Ricardo Omar Almirón e Dahiana Gisela Madrid; e o médico clínico Pedro Di Spagna.
Em abril de 2023, a Justiça da Argentina decidiu levar os profissionais a julgamento. A Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro acredita que o grupo "incorreu em ações e omissões defeituosas, determinantes para o resultado da morte ora imputada". Um relatório de uma junta médica apontou que Maradona foi "abandonado à própria sorte" com "tratamento inadequado, deficiente e imprudente".
Maradona passou por uma operação de um hematoma na cabeça em novembro de 2020. O ídolo argentino se recuperava em sua casa alugada em um bairro privado ao norte de Buenos Aires, a capital da Argentina, onde ele supostamente estava com internação domiciliar. Ele faleceu sozinho em sua cama no dia 25 de novembro de 2020.
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