Washington Rodrigues e Eraldo Leite trabalharam juntos por décadasArquivo pessoal / Eraldo Leite
Eraldo Leite exalta Apolinho em despedida: 'Foi exemplo para todos'
Jornalista lamentou a morte do mestre de profissão
Rio - Morreu aos 87 anos, nesta quarta-feira (15), Washington Rodrigues, o Apolinho. Um dos maiores comunicadores da rádio brasileira, o apresentador e comentarista da Super Rádio Tupi estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca, para tratar um câncer. Nas redes sociais, Eraldo Leite se despediu do "mestre de profissão" e exaltou o seu jeito irreverente.
"A gente precisa escrever um livro pra conseguir o descrever com perfeição, foi exemplo para todos nós, sempre com uma palavra de conforto para quem se sentia triste, e um brado de ânimo para quem sofresse uma desilusão. Com sua verve bem humorada, tinha sempre uma grande "tirada" pra suavizar qualquer ambiente mais pesado. Vá em paz, querido Velho Apolo. Até um dia", disse Eraldo.
Eraldo Leite trabalhou com Apolinho por décadas nas rádios cariocas. Durante a transmissão da partida entre Flamengo e Bolívar, nesta quarta, pela Libertadores, o comunicador entrou ao vivo na Super Rádio Tupi para se despedir e relembrou com carinho que ele foi o responsável por anunciá-lo na rádio pela primeira vez, na década de 70.
Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na juventude, dividia seu tempo como bancário e como goleiro de futebol de salão, defendendo as cores do extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
Ele se destacou e acabou convidado para participar de um programa na rádio. Mais tarde, uma nova oportunidade surgiu para Apolinho. Isso porque dois jornalistas que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã brigaram ao vivo. O diretor do rádio suspendeu a dupla por 15 dias e pediu para Apolinho trabalhar nas partidas de futebol naquele período.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional. Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Também foi colunista dos jornais O DIA e MEIA HORA e comentarista de programas em diversas emissoras de TV, entre elas Globo, Tupi, TV Rio, Excelsior, TV Educativa, Manchete, Record TV e CNT.
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