Gianni Infantino, presidente da FifaAFP

Rio - A Fifa criou medidas para combater o racismo nos estádios de futebol pelo mundo. De acordo com a entidade, as 211 filiadas serão obrigadas a incluírem, nos seus códigos disciplinares, artigos específicos para enquadrar crimes de racismo com "sanções próprias e severas". Isso inclui o encerramento do jogo, com derrota do time que estiver associado ao ato racista.
Um gesto específico de jogadores para sinalizar aos árbitros de insultos racistas foi feito. Os dois braços cruzados na altura dos punhos, com as mãos estendidas e os dedos esticados serão o indicador de que há injúrias ocorrendo no momento. 
Por meio de um protocolo, o mesmo será feito pelos juízes em campo, com o intuito de informar o público. Primeiro, o árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista.
Depois, caso as injúrias continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência. Finalmente, se o comportamento ainda persistir, ele pode determinar o fim do jogo e derrota da equipe associada aos atos racistas.
A Fifa também anunciou que vai lutar para que o racismo seja reconhecido como crime em todos os países, "com punições severas". Além disso, um painel antirracista, com jogadores e ex-atletas incluídos, e um programa específico de educação, chamado "afinal nenhuma criança nasce racista", também serão criados.