RobinhoReprodução: redes sociais

Rio - A mulher de Robinho, Vivian Guglielmetti, falou pela primeira vez sobre a prisão do marido, condenado por estupro cometido contra uma mulher albanesa na Itália, em 2013. Em entrevista ao "Metrópoles", ela disse acreditar na inocência do marido, que cumpre pena desde março na Penitenciária II de Tremembé, em São Paulo, e afirmou que lutará por sua família.
"As pessoas falam: "Ah, ela está com todos os bens, está cuidando". Gente, eu sou a esposa dele, eu sou a mãe dos filhos dele, e eu sei da inocência dele. Então, é isso que as pessoas não sabem, da história que nós temos. Não tem nada a ver com futebol, com fama, com dinheiro, pelo amor de Deus. Eu podia estar em qualquer lugar hoje, longe daqui com os meus três filhos. E sem querer saber dessa história. Não, eu estou aqui, vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos", declarou Vivian.
Apesar de ter sido traída por Robinho no caso em que ele foi condenado, Vivian garantiu que o assunto foi superado pelo casal e que, por isso, confia na versão do ex-jogador.
"As minhas questões pessoais, de marido e mulher, nós resolvemos lá atrás. Quando houve o erro, que foi a traição... eu fui traída, hoje ridicularizada mundialmente... mas eu escolhi lutar pela minha família e seguir. Todo mundo sabe, não é novidade para ninguém, nesse mundo do futebol, o quanto vem de propostas e de assédio, de todos os lados. Não estou falando só de assédio de mulheres, não, de tudo", disse mulher do ex-atacante da Seleção.

Além dos filhos do casal, Vivian contou que também passou a cuidar do pai de Robinho desde que o marido foi preso.

"Todos vocês conhecem o Robinho dentro de campo. Eu conheço o Robinho homem, dentro da minha casa, com quem eu durmo todos os dias. Então, o pai que ele é, o filho que ele é... hoje, o pai dele está doente aqui em casa. Eu que cuido. Agora, eu virei filha, porque ele é filho único, e eu virei a filha. Eu virei pai e mãe. Então, eu que estou cuidando de tudo", revelou.

Caso Robinho

Em 2022, o ex-jogador foi condenado na Itália a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma jovem mulher de origem albanesa. O caso aconteceu em 2013, em Milão.
A mais alta corte da Itália encerrou qualquer possibilidade de recurso após as derrotas Robinho em todas as instâncias. A Itália, então, pediu a extradição para as autoridades brasileiras, o que não ocorreu porque o Brasil não extradita seus cidadãos. Por isso, as autoridades italianas solicitaram que a pena seja cumprida aqui.
Na dia 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Robinho cumprisse no Brasil a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo. A decisão foi tomada por maioria (9 votos a 2). Os ministros também decidiram que ele cumprirá a pena imediatamente e em regime fechado.
Robinho foi preso pela Polícia Federal de Santos no dia 21 de março. Após passar pela audiência de custódia e realizar exame de corpo de delito, ele foi encaminhado para o complexo prisional de Tremembé, no interior de São Paulo.
Na última semana, o STF começou a julgar o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do ex-jogador. No momento, o placar está em 5 a 1 para manter Robinho na prisão e o tribunal necessita de apenas mais um voto contrário à liberdade para formar maioria. O único ministro que votou pela soltura do ex-atacante foi Gilmar Mendes.