Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico InternacionalFabrice Coffrini/AFP

Rio - O ano começou agitado para o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. O dirigente foi alvo de fraude de contas falsas nas redes sociais, que utilizaram inteligência artificial para entrar em contato com políticos e outras personalidades do mundo olímpico.
Segundo a nota oficial, um infrator desconhecido estaria usando inteligência artificial para se passar pelo dirigente. O Comitê Olímpico Internacional também informou que o responsável tentou contato com o próprio Thomas Bach se passando por um "político de alto escalão".
"A campanha utiliza, entre outros métodos, uma voz falsificada (deepfake) que imita a voz do presidente do COI, criada com Inteligência Artificial. O objetivo da campanha parece ser obter informações confidenciais, envolver pessoas em conversas sensíveis e acessar sistemas sem autorização", diz a nota.
O Comitê Olímpico Internacional aproveitou para alertar que a sofisticação da fraude estava alcançando um número grande de pessoas influentes e que é preciso ficar atento a qualquer tentativa de contato suspeito. A tentativa de contato com Thomas Bach, por exemplo, não foi bem sucedida pelo infrator.

Veja a nota oficial do COI:

"O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi alertado sobre uma campanha envolvendo duas contas falsas no WhatsApp e Telegram, além de e-mails que imitam o presidente do COI, Thomas Bach. Essas contas entram em contato com pessoas influentes de diversas áreas, incluindo políticos seniores e oficiais do Movimento Olímpico.

A campanha utiliza, entre outros métodos, uma voz falsificada (deepfake) que imita a voz do presidente do COI, criada com Inteligência Artificial (IA).

O objetivo da campanha parece ser obter informações confidenciais, envolver pessoas em conversas sensíveis e acessar sistemas sem autorização. O perpetrador desconhecido tentou acessar dados do presidente do COI, se passando por um político de alto escalão, sem sucesso.

O COI alertou seus stakeholders sobre essa campanha. Devido à sua amplitude e sofisticação, alcançando diversas pessoas influentes, o COI solicita vigilância extrema.

O COI, seu presidente e os Jogos Olímpicos já eram alvos de desinformação e difamação antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O COI já havia alertado o público sobre essa situação em várias ocasiões."