Flamengo conquistou o troféu da Supercopa Rei em cima do Botafogo Gilvan de Souza/Flamengo

O campeão da Supercopa Rei de 2025 foi o clube que melhor planejou o início de temporada e que sobrou na partida no Mangueirão, em Belém (PA). Com Bruno Henrique inspirado e revivendo seu status de jogador decisivo com dois gols, o Flamengo foi muito superior no 3 a 1 - Luiz Araújo fez o outro e Patrick de Paula descontou - contra um Botafogo que sofreu fisicamente pela volta tardia das férias e com a falta de peças no elenco, além de ainda estar sem técnico efetivo.
Essa é a terceira vez que o Rubro-Negro é campeão da Supercopa (as outras foram em 2020 e 2021), e confirma o bom momento com o técnico Filipe Luís, que levanta o segundo troféu da curta carreira. E o grande nome da decisão, Bruno Henrique se isola ao lado de Arrascaeta com o recorde de títulos pelo clube, chegando a 14.

Primeiro tempo em duas partes

O domínio do Flamengo durante todo o primeiro tempo chamou a atenção. Melhor fisicamente, mais intenso, rápido e organizado, o Rubro-Negro sobrou contra um Botafogo espaçado, lento, com muitos erros e perdido. Não foi surpresa o gol não demorou a sair, em pênalti sofrido (em falta de Lucas Halter) e cobrado aos 9 por Bruno Henrique.
Nem mesmo a paralisação de 1h20 por causa da forte chuva que castigou o gramado do Mangueirão foi suficiente para o Glorioso se organizar. Pelo contrário, seguiu sem conseguir sair da pressão na defesa, e os homens de frente, inclusive o estreante Arthur, mal tocaram na bola.

Belo gol coletivo do Flamengo

O jogo voltou aos 15 e quatro minutos depois o Flamengo ampliou num belo gol que começou em chute de Rossi, teve desvio de Plata, avanço e toque de Michael para Bruno Henrique chutar de primeira. Foi o resumo do primeiro tempo, de um time que sabia quais movimentações e jogadas a fazer, contra outro que não conseguia marcar e que falhava no coletivo.
O Rubro-Negro poderia ter ampliado, com Gerson que parou em John, já o Botafogo não levou perigo e só finalizou duas vezes, com Alex Telles de longe e sem perigo.

Segundo tempo com mais dois gols

A volta do intervalo mostrou outro ponto forte do time de Filipe Luís, que é a saída em velocidade. Em um passe errado de Lucas Halter, que destoou da partida pelos muitos erros, o contra-ataque em poucos passes só não virou o terceiro gol porque John saiu nos pés de Plata.
Michael também perdeu boa chance antes de o Botafogo, enfim, levar perigo, aos 20 do segundo tempo. E foi com o estreante Artur, que ganhou na velocidade, cortou a marcação na entrada da área, mas chutou para fora. Mas faltavam alternativas e opções no banco para mudar o panorama.
Enquanto o Rubro-Negro seguiu desperdiçando contra-ataques sem finalizar, o Glorioso por pouco não diminuiu em um chute de fora da área de Alex Telles, que bateu no travessão após toque de Rossi. Só que em mais uma falha de Lucas Halter, Luiz Araújo marcou um golaço ao encobrir John.
Patrick de Paula, que acabara de entrar, diminuiu, mas o título já estava definido. ~E ainda houve tempo de Danilo estrear pelo Flamengo, entrando como zagueiro.

Botafogo 1 x 3 Flamengo

Local: Mangueirão, em Belém (PA)
Árbitro: Ramon Abatti Abel (Fifa-SC)

Gols: Bruno Henrique, aos 12 min/1ºT (0x1) e aos 19 min/1ºT (0x2); Luiz Araújo, aos 37min/2ºT (0x3) e Patrick de Paula, aos 41min/2ºT (1x3).
Cartões amarelos: Igor Jesus, Barboza (BOT); Pulgar,  De La Cruz (FLA).
Cartão vermelho: -
Botafogo: John, Mateo Ponte (Vitinho), Lucas Halter, Barboza e Alex Telles; Marlon Freitas, Gregore e Savarino (Patrick de Paula); Arthur (Kayke), Matheus Martins (Rafael Lobato) e Igor Jesus. Técnico: Carlos Leiria.
Flamengo: Rossi, Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira (Danilo) e Alex Sandro; Erick Pulgar, De La Cruz (Evertton Araújo), Gerson  e Michael (Luiz Araújo; Bruno Henrique (Juninho) e Gonzalo Plata (Arrascaeta). Técnico: Filipe Luís.