John Textor, dono de 90% da SAF do BotafogoVítor Silva/Botafogo F.R.

Rio - O Botafogo deu passos importantes para a sua recuperação financeira. Segundo o "ge", o Alvinegro pagou cerca de R$ 70 milhões em dívidas e entrou nos planos de pagamentos unificados no ano passado. Deste valor, foram R$ 13 milhões em dívidas trabalhistas. Com os acordos encaminhados, a tendência é que o clube não sofra com fluxo de caixa em 2023.  
Quando John Textor adquiriu 90% da SAF, o Botafogo possuía uma dívida acima de R$ 800 milhões, sendo esta uma das maiores do futebol brasileiro. No acordo com o empresário americano, foi determinado o investimento de, no mínimo, R$ 150 milhões no primeiro ano da SAF. O acionista gastou 30% a mais do que o combinado nos primeiros meses. 
Em setembro, o Botafogo entrou para o RCE (Regime Centralizado de Execuções). Sendo assim, o clube destina 20% da receita mensal aos credores. O pagamento é unificado e prioriza os casos mais urgentes. Ao todo, o clube quitou R$ 13 milhões de dívidas trabalhistas. O plano é pagar R$ 178 milhões de débitos trabalhistas e cíveis em dez anos.
O Botafogo também pagou uma dívida de R$ 54 milhões com o município do Rio de Janeiro, referente a uma dívida antiga do clube social em ISS (Imposto Sobre Serviços). O pagamento permite que o clube social consiga a última Certidão Negativa de Débito (CND) para firmar projetos incentivados com o Governo para o desenvolvimento dos esportes olímpicos.
A expectativa do Botafogo é ainda maior para 2023. Além do investimento de John Textor e a chegada de um novo patrocinador master, o clube também terá mais receitas de televisão e voltará a disputar a Copa Sul-Americana, que possui premiações em dólar.
O Botafogo tem realizado a pré-temporada com o time alternativo que disputará o Campeonato Carioca, sob o comando do interino Lúcio Flávio. Já o time principal voltará das férias apenas no dia 9 de janeiro, quando iniciará a preparação para disputar as principais competições de 2023, sob o comando de Luís Castro.