John TextorVitor Silva/Botafogo

Rio - Com R$ 42 milhões em dívidas ou bloqueados em ações, o Botafogo solicitou à Justiça e a Comissão de Credores um prazo de no mínimo 30 dias para quitar as parcelas de janeiro e fevereiro do Regime Centralizado de Execuções (RCE). O clube alega que o fluxo de caixa foi prejudicado por penhoras feitas fora do regime, além de não ter recebido verbas previstas. As informações são do jornalista Matheus Mandy, no Twitter.
O RCE tem o objetivo de manter o bom funcionamento da instituição. A ferramenta concentra as dívidas do clube em um tribunal e permite que o Glorioso faça repasses mensais e evite penhoras. Para isso, a Lei da SAF prevê que 20% das receitas sejam destinadas para pagar credores.
Contudo, o acionista majoritário do Botafogo, John Textor criticou o atual funcionamento da legislação. Em live do "Fogão Net", o empresário disse que, mesmo dentro do regime, o clube sofreu com penhoras recentes dos "furadores de fila" que impediram a entrada de cerca de R$ 15 milhões nos cofres.
Além disso, o Alvinegro disse que ficou impedido de receber as premiações da CBF via Campeonato Brasileiro e da Globo, via transmissão, por uma execução de R$ 17 milhões da União por uma dívida fiscal. Para completar, o clube alegou que a CBF reteve quase R$ 5 milhões da Copa do Brasil de 2022 e que a Ferj impôs o pagamento de uma dívida de R$ 5 milhões informando que não registraria mais jogadores.
O Botafogo pediu o novo prazo porque aguarda um novo aporte previsto pela SAF. Dessa forma, o clube acredita que recuperaria o fluxo de caixa. Agora, os credores irão dizer se vão aceitar ou não a solicitação para que a Juíza prorrogue ou não.