Luís Castro é o técnico do BotafogoVitor Silva/Botafogo

Luís Castro ficou irritado com a presença da Polícia de Choque em campo durante e após o jogo entre Botafogo e Flamengo, no último sábado, válido pelo Campeonato Carioca. O treinador revelou que foi impedido pelos policias de falar com o árbitro depois da partida e questionou a imagem que o futebol brasileiro passa para fora do país. 
"Há polícia em campo (em jogos de outros continentes)? Me respondam, sinceramente. Acho que isso é uma reflexão para todos. O (jogo entre) Flamengo e Botafogo estava sendo visto na Europa, e que imagem o futebol brasileiro dá de meio do jogo entrar a polícia em campo? Polícia em campo? Polícia de Choque? Eu não cheguei aqui para mudar nada, só para desenvolver meu trabalho e ir embora no dia que tiver que ir. E está tudo bem, vou em paz. Mas como um treinador é empurrado com bastões da polícia para não falar com o árbitro? Eu sou considerado um assassino no jogo? Vou roubar o árbitro? Vou agredir?", disse Castro.
"Vamos por isso no extremo. Mesmo que eu vá para insultar, há lei desportiva para nos punir. É uma imagem horrível, uma imagem que não deveria acontecer nunca! Aquilo é um espaço desportivo, não é espaço para a polícia! Há Stewards (profissionais que trabalham na segurança interna do estádio) a volta do campo. É uma vergonha o que aconteceu hoje. É uma vergonha sempre que a polícia entra em campo. Assumo por completo o que estou a dizer. A CBF não deveria permitir polícia em campo. Polícia de Choque é uma imagem horrível para o mundo. Passa a imagem de que somos selvagens, e não somos. Somos todos honestos intelectualmente e sabemos o que estamos a fazer em campo", completou.
A Polícia de Choque, vale lembrar, entrou em campo duas vezes. A primeira aconteceu após uma invasão de campo. No entanto, os policiais entraram quando o torcedor em questão já estava sendo retirado de campo. Posteriormente, o Choque entrou para fazer a segurança do árbitro depois do apito final.