John Textor é o acionista majoritário da SAF do BotafogoVitor Silva/Botafogo
'Tenho muito mais provas do que um relatório', garante John Textor
Mais cedo, o empresário foi à Cidade da Polícia para depor sobre suposta manipulação de resultados
Rio - Dono da SAF do Botafogo, John Textor garantiu que, além do relatório da empresa "Good Game!", tem "muito mais provas" de que houve manipulação no futebol brasileiro. A declaração foi dada à TV Globo, nesta quarta-feira, 3, na chegada ao Estádio Nilton Santos.
"Eu fui à delegacia, comecei o processo, entreguei provas, dei meu depoimento. Eu tenho muito mais provas do que um relatório da Good Game!. É um dia maravilhoso. Falei com investigadores independentes e razoáveis que não pareceram estar torcendo por clube nenhum. É muita informação, são meses de coleta de dados. É muito o início de um processo muito saudável", disse Textor.
"Essa empresa é uma das que têm maior credibilidade nessa área no mundo. Eles estavam aqui antes de eu chegar, olharam dois anos de dados antes de eu conhecê-los. (...) Vocês deveriam olhar o nome da minha empresa que se tornou Fubo, foi a empresa em que ganhei dinheiro para poder comprar um clube. O nome da empresa era Evolution AI Corporation (Evolução Inteligência Artifical). Se vocês não queriam mudança, não trouxessem um cara que fez seu dinheiro com inteligência artificial", completou.
Textor, aliás, chegou atrasado para acompanhar a derrota do Botafogo para o Junior Barranquilla porque foi à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, para prestar depoimento após fazer acusações sobre manipulações. Ele compareceu ao local por iniciativa própria e foi acompanhado por advogados.
Vale lembrar que o estadunidense foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira. O administrador do futebol do Botafogo será julgado por não apresentar provas das acusações de corrupção que fez sobre o futebol brasileiro nas últimas semanas. O caso será julgado pela Primeira Comissão Disciplinar no dia 15 deste mês, às 13h.
"Estou tentando há muito tempo entregar provas para pessoas que se importam com isso. Eu mandei para o STJD, eles continuam falando que eu não entreguei provas. Eu entreguei há semanas provas completas de manipulação de resultados. Os nomes foram omitidos para proteger a identidade dos jogadores envolvidos. Eu me importo com a lei. Se alguém está envolvido num escândalo de manipulação, essa pessoa também tem direitos. Não consigo entender como o STJD, que tem processos não confidenciais, continua pedindo provas", destacou Textor.
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