Wilson Seneme, Presidente da Comissão de Arbitragem da CBFMatheus Guerra/CBF

Brasília - O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Luiz Seneme, prestou depoimento nesta quinta-feira (6) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. O ex-árbitro rebateu as denúncias feitas por John Textor, dono da SAF do Botafogo, afirmando que não acredita em nenhuma possibilidade apresentada pelo empresário estadunidense. 
Na noite da última quarta-feira, Textor publicou um vídeo da análise do VAR na expulsão de Adryelson na derrota do Botafogo para o Palmeiras por 4 a 3, no Brasileirão de 2023. No compilado, há questionamentos sobre a forma como o árbitro de vídeo daquela partida, Rafael Traci, mostrou as imagens ao juiz de campo, Bráulio da Silva Machado.
"Em termos de CBF, eu dou a ele 0% de possibilidade do que ele apresentou, porque efetivamente não vi e não identifiquei, com a experiência que tenho, nenhuma ação que possa me dar a mínima referência e transformá-la em manipulação de resultado", afirmou Seneme. 
Sobre a operação dos recursos do VAR no duelo, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF afirmou que todos os parâmetros utilizados são previstos pela Fifa. 
"O VAR não é o VAR do Brasil. O VAR é o VAR da Fifa. Eu não posso ter um VAR sem seguir um protocolo e um procedimento existente e fornecido pela Fifa, eu não tenho autorização para fazer isso. A maneira e o modo que se opera a tecnologia do VAR e como os árbitros trabalham e como eles foram qualificadas é a mesma na China, no Brasil, no Paraguai e na Argentina", explicou.