Campeões do Brasileirão de 1995, Donizete e Túlio jogaram partida beneficente na última terça-feiraReprodução/Instagram
A grandeza do ex-centroavante para a história do Glorioso fica evidente em homenagens após a data do bicampeonato nacional. O torcedor Adriano Lugon, de 46 anos, que tinha apenas 17 em 1995, colocou o nome do ídolo em seu filho, que tem 11 anos.
"Sempre tive na cabeça que colocaria o nome de Túlio no meu filho para homenageá-lo. Obviamente, a gente fica com um pouco de temor, mas não me arrependo nem um pouco. É uma grande homenagem. Eu adoro o Maravilha", disse o torcedor de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.
Homenagem a um jogador de futebol muitas vezes pode ser algo complicado em casa. Não para Adriano, que explicou o processo de convencimento para batizar o filho com nome do artilheiro.
"Foi tranquilo, até porque ela gostava do nome Túlio. E a gente combinou, se o primeiro filho fosse homem eu escolheria, se fosse mulher ela escolheria. Então foi numa boa. O Túlio hoje tem 11 anos e foi comigo para Buenos Aires, junto com o meu segundo filho, que se chama Antônio em homenagem ao meu avô paterno, ver o Botafogo ser campeão da América. Ele é um garoto fissurado em futebol e muito botafoguense", explicou.
O Botafogo de 1995 tinha outros nomes importantes, como Sergio Manoel, Donizete, Gonçalves, Gottardo e Wagner. Túlio Maravilha, no entanto, se destacou na competição sendo o artilheiro com 23 gols marcados, sendo dois na decisão contra o Santos - um na ida, no Maracanã, e outro no Pacaembu.
Para muitos, uma campanha surpreendente garantiu ao Alvinegro o segundo título nacional de sua história - o primeiro em 1968, contra o Bahia, na Taça Brasil e que foi unificado pela CBF. Adriano Lugon comentou sobre o ano e deu sua visão sobre o ex-camisa sete.
"Aquele time de 95 era muito bom, mas zero favorito. O Túlio era uma espécie de libertador do torcedor botafoguense. Tudo que a gente queria que existisse no Botafogo era um cara como o Tulio, que prometia gol e fazia. O Tulio virou a antítese do Romário, que ganhou a bola de ouro em dezembro de 94, desembarcou no Rio em 95 e tomou coça do Tulio em artilharia de Carioca e Brasileiro. Com ele, não tinha tempo ruim. Não tinha essa parada de centroavante em má fase com ele, sabe? O Tulio era um cara muito marcante pro botafoguense e pra mim, obviamente", comentou.
Caso venha mais um filho para a família, Adriano já sabe qual jogador irá homenagear. Desta vez, será um craque do time campeão da Libertadores em 2024, em cima do Atlético-MG, no Monumental de Núñez. Ele foi até Buenos Aires e assistiu ao jogo do título no Monumental de Núñez com os dois filhos.
"Se eu tivesse outro filho, batizaria com o nome do Luiz Henrique, para manter a tradição da camisa sete".
O Botafogo lidera o Brasileirão com 73 pontos, três a mais do que o vice-líder Palmeiras. O Glorioso enfrenta o Internacional, quarta-feira (4), às 21h30 (de Brasília), no Beira-Rio, enquanto o Alviverde visita o Cruzeiro, no mesmo dia e horário, no Mineirão. Caso vença e o time paulista tropece, conquistará o tricampeonato. Caso empate, precisará de uma vitória do time mineiro para abrir quatro pontos e comemorar o título em Porto Alegre.
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