Campeões do Brasileirão de 1995, Donizete e Túlio jogaram partida beneficente na última terça-feiraReprodução/Instagram

Rio - Campeão da Libertadores 2024, o Botafogo agora vira a chave de olho na luta pelo título do Brasileirão, que não acontece desde 1995. No ano em questão, em um elenco que marcou gerações de alvinegros, um nome ficou na primeira prateleira do clube em meio à tantos outros grandes ídolos: o de Túlio Maravilha.
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A grandeza do ex-centroavante para a história do Glorioso fica evidente em homenagens após a data do bicampeonato nacional. O torcedor Adriano Lugon, de 46 anos, que tinha apenas 17 em 1995, colocou o nome do ídolo em seu filho, que tem 11 anos.

"Sempre tive na cabeça que colocaria o nome de Túlio no meu filho para homenageá-lo. Obviamente, a gente fica com um pouco de temor, mas não me arrependo nem um pouco. É uma grande homenagem. Eu adoro o Maravilha", disse o torcedor de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.
Túlio Maravilha e o jovem Túlio, torcedor do Botafogo - Arquivo Pessoal
Túlio Maravilha e o jovem Túlio, torcedor do BotafogoArquivo Pessoal


Homenagem a um jogador de futebol muitas vezes pode ser algo complicado em casa. Não para Adriano, que explicou o processo de convencimento para batizar o filho com nome do artilheiro.

"Foi tranquilo, até porque ela gostava do nome Túlio. E a gente combinou, se o primeiro filho fosse homem eu escolheria, se fosse mulher ela escolheria. Então foi numa boa. O Túlio hoje tem 11 anos e foi comigo para Buenos Aires, junto com o meu segundo filho, que se chama Antônio em homenagem ao meu avô paterno, ver o Botafogo ser campeão da América. Ele é um garoto fissurado em futebol e muito botafoguense", explicou.

O Botafogo de 1995 tinha outros nomes importantes, como Sergio Manoel, Donizete, Gonçalves, Gottardo e Wagner. Túlio Maravilha, no entanto, se destacou na competição sendo o artilheiro com 23 gols marcados, sendo dois na decisão contra o Santos - um na ida, no Maracanã, e outro no Pacaembu.

Para muitos, uma campanha surpreendente garantiu ao Alvinegro o segundo título nacional de sua história - o primeiro em 1968, contra o Bahia, na Taça Brasil e que foi unificado pela CBF. Adriano Lugon comentou sobre o ano e deu sua visão sobre o ex-camisa sete.

"Aquele time de 95 era muito bom, mas zero favorito. O Túlio era uma espécie de libertador do torcedor botafoguense. Tudo que a gente queria que existisse no Botafogo era um cara como o Tulio, que prometia gol e fazia. O Tulio virou a antítese do Romário, que ganhou a bola de ouro em dezembro de 94, desembarcou no Rio em 95 e tomou coça do Tulio em artilharia de Carioca e Brasileiro. Com ele, não tinha tempo ruim. Não tinha essa parada de centroavante em má fase com ele, sabe? O Tulio era um cara muito marcante pro botafoguense e pra mim, obviamente", comentou.

Caso venha mais um filho para a família, Adriano já sabe qual jogador irá homenagear. Desta vez, será um craque do time campeão da Libertadores em 2024, em cima do Atlético-MG, no Monumental de Núñez. Ele foi até Buenos Aires e assistiu ao jogo do título no Monumental de Núñez com os dois filhos.

"Se eu tivesse outro filho, batizaria com o nome do Luiz Henrique, para manter a tradição da camisa sete".
Adriano Lugon levou os filhos para a final da Libertadores vencida pelo Botafogo - Arquivo Pessoal
Adriano Lugon levou os filhos para a final da Libertadores vencida pelo BotafogoArquivo Pessoal


O Botafogo lidera o Brasileirão com 73 pontos, três a mais do que o vice-líder Palmeiras. O Glorioso enfrenta o Internacional, quarta-feira (4), às 21h30 (de Brasília), no Beira-Rio, enquanto o Alviverde visita o Cruzeiro, no mesmo dia e horário, no Mineirão. Caso vença e o time paulista tropece, conquistará o tricampeonato. Caso empate, precisará de uma vitória do time mineiro para abrir quatro pontos e comemorar o título em Porto Alegre.