John Textor, dono da SAF do Botafogo, com o troféu da LibertadoresAFP

Rio - O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou pela terceira vez o julgamento de John Textor, dono da SAF do Botafogo, na 5ª Comissão Disciplinar, pelas denúncias de manipulação de resultados que fez no Campeonato Brasileiro de 2023. A sessão estava marcada para esta sexta-feira (13).
Em um primeiro momento, Textor seria julgado no dia 12 de setembro, mas a sessão foi adiada porque o relator Lucas Brandão pediu novo prazo para que o estadunidense respondesse aos questionamentos. O julgamento foi remarcado para 30 de outubro e novamente adiado, desta vez por um pedido dos auditores para análise das respostas.

John Textor foi denunciado pela Procuradoria cinco vezes no artigo 243-F do CBJD (ofensa à honra) por falas contra Ednaldo Rodrigues, Palmeiras, São Paulo, Fortaleza e o árbitro Braulio da Silva Machado, árbitro de Botafogo 3 x 4 Palmeiras, no segundo turno o Brasileirão de 2023. 

As punições ao acionista da SAF do Botafogo podem chegar a 810 dias de suspensão e multa de até R$ 600 mil. Em julho, o então relator Mauro Marcelo de Lima e Silva pedia suspensão por seis anos e multa de R$ 2 milhões.

O inquérito que apura as denúncias do empresário foi aberto após pedidos da Procuradoria do STJD, do Palmeiras, do São Paulo, do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo e da Abrafut (Associação Brasileira dos Árbitros do Futebol).

A Procuradoria do órgão considerou que Textor publicou texto no dia 1º de abril afirmando que o jogo Palmeiras 5×0 São Paulo, pelo Brasileiro de 2023, foi manipulado por ao menos cinco jogadores do Tricolor sem provas claras e baseado apenas em relatórios de inteligência artificial.