Na visão do São Paulo, a jogada deveria ter sido interrompida, uma vez que o juiz não deu falta do atacante Calleri, e, sim, a vantagem. Então, Thiago Silva colocou a mão na bola para bater uma infração que não havia sido marcada. Apesar do árbitro ser chamado ao monitor para revisar o lance, o gol foi validado.
Em análise divulgada nesta sexta-feira (6), Paulo Cesar Zanovelli é questionado pela equipe que está na cabine do VAR e diz que viu a falta de Calleri, mas que optou por dar vantagem: "Para mim, disputa de espaço entre Calleri e Thiago Santos. Calleri segura o Thiago, eu dou vantagem da falta do Calleri. Era falta para o Fluminense".
Na sequência, um dos auxiliares fala para o árbitro que Thiago Silva, por entender que tinha sido marcada a falta, coloca a mão na bola para reiniciar a partida. A partir disso, o VAR sugere que o árbitro veja o lance no vídeo.
Enquanto assiste, Paulo Cesar Zanovelli reforça que viu a falta de Calleri. Quando Thiago Silva coloca a mão na bola, porém, ele se contradiz.
"Eu ia dar a vantagem, o jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dou sinal de falta. Deixa rolar, eu falo agora. Vamos seguir. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal, tá, Igor (Junio Benevenuto, o VAR)?", diz, antes de sair do monitor.
Posicionamento do São Paulo
Após a polêmica, o São Paulo protestou por meio de um ofício enviado à CBF e numa reunião entre o presidente do clube, Julio Casares, e o da entidade, Ednaldo Rodrigues. Até então, o clube não cogitava pedir a anulação do confronto.
Agora, segundo o site 'ge', os dirigentes reconsideram a decisão, mesmo conscientes de que dificilmente seriam atendidos. Vale ressaltar que o artigo 259 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) prevê a possibilidade de anular um jogo em que o árbitro deixa de cumprir as regras do futebol.
"O São Paulo Futebol Clube lamenta profundamente a forma como foi conduzida a arbitragem na partida contra o Fluminense, no último domingo, no Maracanã, e os seus desdobramentos.
O áudio do VAR demorou cinco dias para ser liberado, sendo que a publicação ocorreu somente depois de dois ofícios protocolados pelo Clube.
Diante do conteúdo absurdo do áudio, o São Paulo Futebol Clube estuda junto ao seu corpo jurídico quais medidas serão tomadas daqui em diante", afirma nota do Tricolor Paulista nas redes sociais.
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