O jornalista americano Grant Wahl teve problemas por estar usando camisa com arco-íris em apoio à comunidade LGBTQIAP+Reprodução de Twitter
Jornalista barrado em estádio com camisa com arco-íris morre no Catar
Grant Wahl passou mal durante jogo entre Holanda e Argentina, pelas quartas de final da Copa do Mundo
O jornalista americano Grant Wahl morreu na noite de sexta-feira (9) no Catar, onde cobria a Copa do Mundo. O profissional de 49 anos ficou conhecido ao ser barrado na entrada do estádio Ahmed bin Ali por estar com uma camisa com arco-íris, no jogo entre Estados Unidos e País de Gales, pela fase de grupos.
Wahl passou mal na tribuna de imprensa do estádio Lusail, durante a cobertura do jogo de quartas de final entre Holanda e Argentina. Ele foi atendido por cerca de 20 minutos e recebeu massagem cardíaca antes de ser encaminhado para um hospital. Entretanto, não resistiu e morreu.
O jornalista, que trabalhava no canal americano CBS, relatou nos últimos dias, durante um podcast, que foi a uma clínica em Doha, capital do Catar, por achar que estava com bronquite. Eric, irmão de Wahl, postou nas redes sociais que Grant não tinha problemas de saúde e revelou que houve ameaças após a barração no estádio repercutir.
"Meu irmão estava saudável, ele me disse que recebeu ameaças de morte. Eu não acho que ele morreu (naturalmente), acho que ele foi morto", escreveu.
A federação americana de futebol e clubes como o Los Angeles Galaxy se manifestaram e deram apoio aos familiares. Celine Gounderm, mulher de Grant Wahl, agradeceu às mensagens de carinho recebidas e escreveu: "Estou completamente em choque".
Relembre o caso da barração
Grant Wahl relatou nas redes sociais que foi barrado por seguranças do Estádio Ahmed bin Ali por estar usando uma camisa com arco-íris em apoio à causa LGBTQIAP+.
Segundo o profissional, ele ficou detido por cerca de 25 minutos, ouvindo dos seguranças que precisava trocar aquela camisa para entrar no estádio. Após tirar uma foto e postar nas redes sociais, outro segurança pegou seu celular e não quis devolvê-lo.
Após a confusão, um oficial superior apareceu onde o jornalista estava e o liberou. Houve um pedido de desculpas da organização e da Fifa.
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