Luis Antônio Silva SantosDivulgação

Rio - Inicio este primeiro texto agradecendo a oportunidade de compartilhar com os milhares de leitores de O DIA, as minhas análises e pensamentos acerca do trabalho da arbitragem de futebol, especialmente no Rio de Janeiro. Para os mais jovens que não se recordam, sou Luis Antônio Silva Santos, conhecido como Índio, me formei árbitro na Liga de Petrópolis em 1991 e cheguei à FFERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) no ano seguinte, prestes a completar 24 anos. Figurei no quadro amador até 1995, quando fui promovido ao profissional, apitando diversos jogos das séries A, B e C do Campeonato Carioca.
Em 1998 entrei para o quadro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), apitando pela primeira vez no jogo Americano e Bangu. Permaneci na CBF entre 1998 e 2003 na parte administrativa, atuando como 4º árbitro, até que participei do Campeonato Brasileiro de Juvenis, ganhando visibilidade e sendo posteriormente alçado diretamente para a série B do Brasileirão, apitando o primeiro clássico: Fluminense e Vasco.
Tive uma grande ascensão no ano de 2004, quando apitei a semifinal da Taça Guanabara entre Flamengo e Vasco, e logo no final de semana seguinte, a decisão entre Flamengo e Fluminense, sem contar a final geral do estadual daquele ano. A partir daí participei de uma série de finais como Taça Rio, Taça Guanabara, além das decisões das divisões inferiores do Carioca, sendo até hoje o recordista de finais no Rio de Janeiro.
Nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007, tive a honra de ter sido indicado para o quadro da Fifa, ficando como aspirante, apitando diversos jogos pelo Brasil inteiro, como Flamengo e Grêmio, São Paulo e Grêmio, Internacional e Corinthians, entre outros. Em 2010 resolvi permanecer somente no Rio de Janeiro, apitando diversas decisões de campeonatos cariocas, até que em 2020 veio a pandemia e o convite para assumir a função de instrutor na FFERJ, quando participei da preparação de novos árbitros no quadro da federação em todas as categorias, aplicando teste físico, acompanhando os jogos, fazendo palestras e trabalhando na pré-temporada.
Paralelamente à carreira de árbitro de futebol, me formei profissional de educação física na Universidade Gama Filho em 2000, ministrando aulas como personal trainner, posteriormente me tornando coordenador técnico de uma Vila Olímpica na cidade do Rio de Janeiro, até que em 2020 passei a ministrar aulas para pessoas com deficiência também numa Vila Olímpica.
É com a experiência adquirida na carreira, através da trajetória que percorri durante todos estes anos como árbitro de futebol, que estarei compartilhando com os leitores as análises que farei sobre a atuação da arbitragem, avaliando suas tomadas de decisão e, claro, me posicionando sobre os lances polêmicos que sempre acontecem durante os jogos.
Conto com a audiência dos amantes do futebol, principalmente os que se interessam pelo papel dos árbitros e mais, conto também com aqueles que, para comentarem o futebol como um todo, se interessem em saber mais sobre a regra do jogo. Pois uma coisa é certa: NO FUTEBOL, A REGRA NÃO É CLARA!