A fase do Flamengo não é boa. Com apenas duas vitórias no returno do Brasileirão, sem Pedro, Michael e Cebolinha, por motivos de lesão, e com Gabigol vivendo um momento ruim, o Rubro-Negro pode perder agora Carlinhos por pelo menos seis jogos no certame nacional.
Carlinhos foi expulso na última partida do Campeonato Brasileiro contra o Grêmio, em Porto Alegre, e na súmula o árbitro apontou duas ações: desferir tapa no rosto do adversário, que caracteriza conduta violenta, e por desferir um soco na área de revisão do VAR, quebrando o acrílico.
O enquadramento em conduta violenta pode gerar ao atacante uma pena de 3 jogos. Já a punição por danificar praça de desporto, artigo 219 do Código de Justiça Desportiva, prevê suspensão de 30 a 180 dias.
O Flamengo já trabalha na defesa do jogador, que ainda não foi denunciado no STJD.
Gatito Fernandez, do Botafogo, pegou três jogos de suspensão quando foi enquadrado no artigo 219 do CJD e ainda teve que gravar um vídeo se desculpando.
Se tomar as penas aplicáveis em outros julgamentos, que seriam 3 jogos de suspensão por conduta violenta e 3 de suspensão, Carlinhos desfalcará o Flamengo por 6 das 12 partidas que ainda faltam para o Flamengo completar o Brasileiro.
A linha que o clube deve adotar para desqualificar a conduta violenta de Carlinhos é colocar em dúvida o fato do jogador ter mesmo dado um tapa em Kannemann.
Segundo uma fonte do Flamengo ouvida por nossa coluna, é nítido que Kannemann simula a agressão e que Carlinhos jamais desferiu o tapa.
Se conseguir provar sua tese, o Flamengo usará-la para justificar a revolta do jogador ao sair de campo, motivo que o levou a desferir o soco no equipamento de VAR.
Um outro problema é o fato do Grêmio querer se fazer presente no julgamento do atleta como acusador, pedindo uma pena ainda maior.
Internamente a ação de Carlinhos causou cobrança sobre o departamento de futebol, uma vez que o atacante não consegue entregar o mínimo que dele se espera. Por isso, já se fala em empréstimo ou até mesmo rescisão contratual no próximo ano caso as coisas não mudem a favor do camisa número 22.
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