Dorival Júnior, técnico do São Paulo Thais Magalhães/CBF

Rio - Treinador do Flamengo nas conquistas da Libertadores e da Copa do Brasil de 2022, Dorival Júnior recordou os bastidores de sua saída do clube, mesmo após a temporada vitoriosa. Em entrevista ao "ge", o treinador admitiu sua chateação por não ter renovado com o clube carioca, mas ressaltou que sempre manteve relação de respeito com a diretoria.
"Eu acho que o público tinha que ter o conhecimento pela minha palavra daquilo que havia acontecido para que não houvesse nenhum mal-entendido. "Ah, o Dorival fez uma pedida absurda. Ah, o Dorival quer uma cláusula de contrato. Ah, o Dorival quer isso, quer aquilo". Não. Não houve. Isso não aconteceu. Então, eu acho que as pessoas tinham que ouvir pela minha pessoa o sentimento daquele momento", disse o treinador.
"Eu fiquei chateado? Muito, mas não passou disso. Nunca levei para um outro lado. Jamais. Entendi e respeitei a posição da diretoria. Tinham o direito de tomar a decisão que quisessem. Eu tinha um contrato que iria até aquele final de mês. Ou melhor, do mês seguinte (dezembro de 2022). E comigo foi cumprido tudo da forma mais correta possível. Então eu não tinha motivos nenhum para sair criticando, batendo", completou.
Dorival também afirmou que nunca chegou a questionar a diretoria sobre o motivo de não ter continuado no Rubro-Negro.
"Não, eu nunca fiz isso (questionar a diretoria). Eu acho que as pessoas têm que ter liberdade de movimento e fazerem aquilo que achassem conveniente. Apenas isso. Quando aconteceu do (Bruno) Spindel comunicar ao meu empresário a respeito da não renovação, eu tinha por obrigação de passar ao público para que não houvesse nenhum mal-entendido. Para mim, não tem problema nenhum", declarou o técnico do São Paulo.
"Lógico que gostaria muito de ter continuado, porque eu sentia que aquele momento era muito bom para que pudéssemos dar sequência ao trabalho. Agora não houve nenhuma alteração da minha parte com relação a qualquer outro tipo de sentimento. Não mesmo. Só tenho a agradecer tudo que eu recebi da torcida do Flamengo. A confiança da diretoria em me colocar naquele momento à frente da equipe. O que nós criamos com aquele grupo de jogadores. A recepção que eu tive em todos os momentos que nós tivemos juntos, eu acho que isso daí para qualquer profissional é marcante", finalizou.