Incêndio no Ninho do Urubu que matou 10 jovens da base completou cinco anos em fevereiroGilvan de Souza/ Flamengo

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A Justiça do Rio manteve a decisão favorável aos pais de Christian Esmério, goleiro que foi uma das 10 vítimas fatais do incêndio no Ninho do Urubu em 2019, no processo contra o Flamengo. O juiz Andre Aiex Baptista Martins, titular da 33ª Vara Cível do Rio, manteve a indenização, agora em segunda instância, de R$ 2,9 milhões que o clube deve pagar pela morte do jovem de 15 anos. A informação é do site 'Metrópoles'.
A divisão do pagamento deve ser R$ 1,4 milhão à mãe, Andreia Cândido, e o mesmo valor ao pais, Cristiano Esmério. E o irmão terá direito a R$ 120 mil.
Além da indenização, o Flamengo precisa pagar pensão mensal de cinco salários mínimos (cerca de R$ 7 mil) aos pais até quando o jovem completaria 45 anos. Caso um dos pais morra até lá, o valor cai pela metade.
A indenização é menor do que a família pedia (de R$ 5,2 milhões), mas maior do proposto pelo Flamengo (R$ 2 milhões mais pensão mínima de R$ 10 mil para cada família por 30 anos).
A família de Christian Esmério foi a única entre as 10 vítimas do incêndio no Ninho do Urubu que não aceitou um acordo com o clube e foi à Justiça. As outras nove fizeram acordos individuais.
A tragédia do Ninho do Urubu completou cinco anos em 8 de fevereiro. Até hoje, ninguém foi punido pelo incêndio, que teve início em um curto-circuito no ar-condicionado de um dos quartos. Na época, o CT da base era provisório, em contêineres.
Além dos 10 jovens entre 14 e 16 anos que morreram, outros 16 sobreviveram.