Rio - O carro do jornalista Anderson Ramos, de 51 anos, foi danificado após a goleada do Flamengo sobre o Vasco por 6 a 1, no último domingo, 5. O veículo, que tem um adesivo do Fla, estava estacionado na esquina da Rua Leopoldo Miguez com a Miguel Lemos, em Copacabana, Zona Sul do Rio. O torcedor rubro-negro conversou com um porteiro, que viu dois homens com a camisa do Cruz-Maltino atrás do automóvel durante o ocorrido.
"Chutaram meu para-choque, está amassado. Meu carro todo arranhado. Segundo um porteiro com quem conversei lá em Copa, foram dois caras com a camisa do Vasco que pararam atrás do meu carro. Ele achou que estavam urinando, não estavam e fizeram isso que você está vendo", disse Anderson, em vídeo publicado no "X", antigo twitter.
Ontem fui ver o jogo em Copacabana para depois ir ao show do @djavanoficial
A reportagem de O DIA conversou com Anderson, que contou que sempre estaciona na região para assistir aos jogos do Flamengo no "Ziza Bar". No último domingo, ele foi ainda mais cedo por causa do show do cantor Djavan, na Praia de Copacabana.
"Sempre estacionei nesse lugar e nunca tive problema. Deixei meu carro estacionado na rua, vaga certa, perto do bar. Vi o jogo do Flamengo. Depois busquei minha esposa, que estava na casa da minha tia, e fomos andando até a Avenida Atlântica. Minha esposa não percebeu nada demais quando voltamos do show, mas relatou que viu na parte de trás do carro o para-choque amassado. Ela me falou. Fui lá ver e estava todo arranhado do lado do adesivo do Flamengo", afirmou Anderson, à reportagem.
De acordo com ele, o prejuízo é de aproximadamente R$ 700. Apesar do ocorrido, Anderson não fez Boletim de Ocorrência e não quer saber quem são os responsáveis por danificar seu carro, que está à venda.
"As pessoas que fizeram isso que fiquem com esse ódio no coração e saibam que o esporte não ensina isso. Eles não vão prejudicar o meu fim de semana que foi muito bom. A perfeição seria se não estivesse acontecendo isso", contou.
Anderson também explicou que não acionará o seguro. Isso porque precisaria pagar R$ 1,2 mil de franquia. Além disso, perderia o bônus que tem de sete anos de seguro. Ele, então, acredita que a operação não vale a pena.
"Uma situação que nunca passei e espero não passar novamente. Não posso usar no meu carro um símbolo do meu clube de coração. É isso que estamos passando no Brasil, esse ódio. Somos adversários, não inimigos", lamentou.
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