Filipe Luís minimizou a discussão com Gabigol na vitória do FlamengoArmando Paiva / O Dia

Filipe Luís abordou na coletiva de imprensa a discussão que teve com Gabigol, quando o chamou de "moleque", ainda no primeiro tempo da vitória do Flamengo por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, pela final da Copa do Brasil. O treinador fez uma orientação tática e não gostou da resposta do atacante, que momentos depois marcou o segundo gol do jogo e os dois se cumprimentaram.
"Na minha primeira entrevista, falei que estou agora em um cargo em que ia tomar decisões que iam deixar alguns jogadores incomodados, bravos comigo. Foi isso com o Gabi. Uma correção tática no campo, os nervos à flor da pele. E aí não tem conversinha, é grito. Era o que acontecia toda semana quando eu era jogador. Agora não vai ser diferente. ", explicou.
Gabigol teria questionado porque a bronca era só com ele e Filipe Luís retrucou "Você me respeita, seu moleque". O treinador, entretanto, garantiu que a discussão já está superada.
"Não é porque foi meu companheiro que vou tratá-lo (de maneira) diferente. Está resolvido, conversamos no intervalo. Fico feliz pela grande partida que ele fez".
Gabigol reforçou o seu status de artilheiro das decisões pelo Flamengo, ao chegar a 16 gols em 17 finais. Já o treinador vê a aposta no ex-companheiro, que estava mal e na reserva com Tite, funcionar numa final.
"Você não consegue ensinar um jogador a ser decisivo. Você tem ou não tem. Existe um ditado de que o gol se compra, e concordo muito. O Gabriel tem gol, não à toa é um dos maiores artiheiros desse clube, um dos maiores em finais. Hoje vimos uma das melhores versões dele no campo. Mérito dele. Trabalhou, acreditou, obedeceu e escutou em todos os treinamentos. Ele se dedicou e hoje colheu os frutos", analisou.

Veja outras declarações de Filipe Luís

A vitória do Flamengo
" Foi um grande jogo. Muito difícil. Não é a toa que estamos enfrentando um finalista da Libertadores. Fiquei feliz com o que vi em campo. Para mim, o jogo de volta é como se estivesse 0 a 0".
Situação de Arrascaeta
"Arrasca, desde que cheguei, está assim. Está jogando em pleno sacrifício, suor e sangue pelo Flamengo. Admiro muito os jogadores que toleram a dor, colocam o Flamengo acima de tudo. Precisa passar por cirurgia e está deixando o joelho pelo Flamengo em campo, talvez pague o preço na frente".
As jogadas dos gols
"Temos um plano de jogo sobre o que imaginamos que vai acontecer. O Atlético tem uma defesa muito complicada de entrar, é um time que toma pouco gol. Sabíamos que não ia ser fácil, uma defesa praticamente homem a homem. Passamos algumas soluções e funções para os jogadores, mas quem executa e faz tudo são eles. O Atlético é com certeza um dos times mais incômodos de jogar no Brasil, pela forma de defender homem a homem".