Filipe Luís, técnico do FlamengoMarcelo Cortes / Flamengo
'Fomos um Flamengo que não gosto', critica Filipe Luís após vitória sobre o Criciúma
Mesmo com resultado de 3 a 0, treinador não gostou da postura de sua equipe
Rio - A vitória por 3 a 0 do Flamengo sobre o Criciúma, na noite desta quarta-feira (4), no Heriberto Hulse, não foi suficiente para agradar ao técnico Filipe Luís. Apesar da larga vantagem, o treinador disse que a equipe teve um "ataque anárquico" durante a partida e que não gostou da postura do time.
"A proposta foi a mesma: de ser protagonista do jogo e tentar a todo momento agredir o adversário. É verdade que estávamos circulando de uma forma que eu não gosto, um pouco mais lenta a circulação. E acelerando o jogo quando não precisava acelerar. Isso levava o time a ter idas e voltas na bola. O bloco defensivo ficou descompactado nessas idas e voltas, perdas de bola que o time não costuma ter. Isso fez com que o time gerasse um espaço muito grande no meio", disse Filipe em coletiva.
"Acabou tendo o ida e volta que eu não gosto e que eu não queria. O jogo foi planejado da mesma forma, mas nem todos os adversários são iguais, existia um certo nervosismo pela parte do Criciúma, um jogo vertical também. E da nossa parte jogadores que não vinham jogando tanto, então é natural até eles se encontrarem em campo com alguns erros. A partir que o time se encontrou em campo começaram a jogar um pouco mais. O que quero dizer com isso? O fato de a gente perder a bola não deixou a gente formar nossa estrutura de ataque. Os jogadores não estavam posicionados onde deveriam estar, acabou que o nosso ataque foi um pouco anárquico. Acabamos sendo um Flamengo que eu não gosto", completou.
O treinador também minimizou os pedidos para que o time entregasse o jogo para o Criciúma para prejudicar o Fluminense.
"Não influenciou absolutamente nada, não jogamos para o Fluminense, não jogamos para o Criciúma. Jogamos para a nossa torcida, por nós e pelos nossos valores. Um valor firme que tenho na minha vida é que no futebol você tem que entregar tudo que você tem. Se você entrega, o futebol devolve. Quando você não entrega tudo que tem para o futebol, você não colhe os frutos. Preparamos o jogo da mesma forma que preparamos todos os outros. Poderia estar falando aqui depois de uma derrota. E aí todo mundo teria falado: entregou o jogo. De forma nenhuma. Não entregamos o jogo, somos profissionais, mas muito acima de ser profissional são os nossos valores como pessoas. O que me fez chegar aqui e sentar carreira foi dar tudo pelo futebol. E jamais abriria mão disso", garantiu.
Com o resultado, o Flamengo segue na terceira colocação do Campeonato Brasileiro, com 69 pontos. O time carioca volta a campo para o último compromisso do ano no próximo domingo (8), às 16h (de Brasília), contra o Vitória, no jogo que marcará a despedida do ídolo Gabigol.
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"Gabi vai ter uma festa de despedida, mas acima da festa está a equipe, temos que tentar vencer o Vitória porque o Maracanã vai estar lotado. Acima de tudo está o jogo. Depois o Gabi vai ter uma grande festa merecida e uma homenagem, a torcida vai brindar todo o carinho que ele recebeu. O próprio Gabi declarou que vai sair, não tem mais mistério. Ciclos se acabam. Filipe Luís foi embora, Pablo Marí foi embora, a geração de 81 se aposentou, a melhor geração e os melhores jogadores de todos os tempos se aposentaram."
"Estou muito feliz com o que eu estou vivendo até agora, os números não enganam, o time está jogando muita bola, e a concorrência está aumentando. E eu amo que eles compitam entre eles, adoro isso, o jogador cresce. Adoro quando o jogador ficar insatisfeito quando não joga e quer jogar. Isso eleva o nível, e nós estamos vendo um grupo extremamente competitivo e todos estão voltando para poderem fazer o time crescer."
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