Rio – A repórter Duda Dalponte, da TV Globo, foi agredida por torcedores na tarde desta quarta-feira (26), durante a cobertura do embarque do Flamengo no Aeroporto do Galeão, Zona Norte do Rio, para Lima, onde a equipe disputará a final da Libertadores. A jornalista estava no meio de flamenguistas no "AeroFla", quando rubro-negros puxaram seu cabelo ao menos três vezes, momento transmitido no "Jornal Hoje".
Horas depois, Duda se manifestou sobre o caso. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela descreveu o dia como "bem cansativo" e disse esperar que essa situação não se repita.
"Normalmente essas coberturas com torcidas são bem cansativas, mas hoje foi ainda mais por conta do episódio que aconteceu. Eu estava entrando ao vivo pra Globo e puxaram meu cabelo. Da primeira vez, achei que tinha sido sem querer. A gente está acostumado a fazer essas coisas com torcida, às vezes tem empurra-empurra, muvuca, o que é normal. Na segunda vez, entendi que foi proposital, e na terceira, virei pra tentar entender o que estava fazendo, achar quem estava fazendo aquilo", afirmou.
A repórter explicou que gosta de fazer coberturas com torcida e lidar com a empolgação do público, mas destacou que este caso foi uma agressão.
"A gente tá muito acostumado a fazer essas coberturas com torcida, é algo super normal. Pré-jogo em estádio, esses deslocamentos de aeroporto, e a gente sempre tenta achar um lugar mais seguro possível dentro daquela situação, a gente já vai mais preparado psicologicamente, sabendo que vamos ter que lidar com muita gente empolgada, fazendo festa. Vai ter tumulto, é normal. Já levei bebida, tinta, tudo isso é do jogo. Mas tem algumas coisas que não são brincadeira. Tem algumas coisas que são agressão, e o que aconteceu foi uma agressão", desabafou.
Duda descreveu a situação como "lamentável", disse esperar que ela não se repita mais e cobrou respeito das pessoas com jornalistas, especialmente as mulheres. "Eu tô bem, gosto muito de fazer isso, continuarei fazendo isso e espero de verdade que esses torcedores sem noção, que eu não sei nem se a gente pode chamar de torcedores, tenham vergonha de fazer essas coisas."
Em nota, a Globo repudiou "qualquer forma de violência", manifestou sua indignação pela agressão sofrida e se solidarizou com a jornalista. A reportagem tenta contato com a Polícia Civil para um posicionamento.
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