Novo gerente de scouting do Flamengo, Andrii Fedchenkov, e o diretor, José Boto, trabalham para encontrar reforçosDivulgação / Flamengo
Gerente de scouting do Flamengo explica como funciona a busca por reforços
Andrii Fedchenkov responde diretamente a José Boto e é responsável por indicar jogadores
O gerente de scouting do Flamengo, o ucraniano Andrii Fedchenkov, chegou nesta temporada com o objetivo de reformular o departamento a pedido do português José Boto. O objetivo é ser mais eficiente na busca por reforços para o elenco, e o profissional contou um pouco como é feito o trabalho.
"Temos um estilo e um modelo de jogo muito claros e definidos, com requisitos muito específicos para cada posição. Isso é algo que levamos em consideração ao analisar e observar jogadores", explicou Andrii ao podcast 'Chris Gill - Football Scouting".
Além das características de jogo, ele também explica que a questão mental também é observada, principalmente em relação à pressão sofrida das arquibancadas.
"O jogador tem de ser realmente forte mentalmente para ser capaz de jogar neste ambiente. Temos situações em que o jogador entra num estádio com 70 mil pessoas, erra alguns toques e começa sentir a pressão dos próprios torcedores. O jogador tem de ser capaz de superar essas dificuldades que acontecerão sempre", disse o chefe de scouting, citando indiretamente o Maracanã.
Segundo o ucraniano, o Flamengo conta com quatro olheiros dedicados a observar jogadores. O trabalho é realizado 95% das vezes através de vídeos, e as idas as jogos são casos específicos. Há também outra equipe para as divisões de base, com trabalho independente.
Para um bom resultado e melhor eficiência nas indicações, há integração desses profissionais com os dados fornecidos sobre os jogadores. Esses números são importantes para apontar possíveis problemas ou pontos fortes, mas não são determinantes para a contratação.
"Os dados ajudam a filtrar as opções, a reduzir uma lista de, digamos, 100 jogadores para 15 ou 20 sobre os quais podemos trabalhar mais. Ajuda também a ver certas 'bandeiras vermelhas' que não eram óbvias para nós durante a análise de vídeo."
Entretanto, Andrii explica que no mercado do futebol, há determinadas negociações em que não se pode perder muito tempo analisando dados.
"Às vezes você quer coletar mais e mais informações, mas quando você tem tudo, o jogador já foi embora. Em algum momento você tem que parar e dizer: 'Ok, vou correr esse risco'. Toda transferência é um risco", conclui.

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