Fernando Diniz em ação pelo FluminenseMarcelo Gonçalves / Fluminense
Jornal americano destaca estilo tático 'aposicional' de Fernando Diniz
Treinador do Fluminense foi usado como exemplo em coluna do "New York Times"
O modelo de jogo de Fernando Diniz virou assunto fora do território brasileiro. O jornalista Rory Smith, do "New York Times", escreveu uma coluna intitulada "Broken Systems" (Sistemas Quebrados, em português), que fala sobre a ruptura das ideias de esquemas táticos fixos em jogos de futebol. O treinador do Fluminense é dos principais exemplos dessa nova teoria de que os modelos são variáveis e flexíveis conforme a partida.
A matéria afirma que existe uma queda de rendimento de equipes que priorizam ocupação de espaço, como, por exemplo, o Liverpool, de Jürgen Klopp, e o Manchester City, de Pep Guardiola. Além disso, o texto pontua que o "futuro" do esporte é voltado em equipes e treinadores que "estão dispostos a ser um pouco mais flexíveis e veem seu papel como uma plataforma na qual seus jogadores podem improvisar". Os principais exemplos elencados no texto são o de Luciano Spalleti, do Napoli, e Fernando Diniz, do Fluminense.
" Diniz, como Spalletti, não acredita em atribuir posições ou papéis específicos aos seus jogadores, mas em permitir que eles se troquem à vontade, para responder às exigências do jogo. Ele não se preocupa com o controle de áreas específicas do campo. A única zona que interessa a ele, e ao seu time, é aquela perto da bola. Na sua visão, o futebol não é um jogo definido pela ocupação do espaço. Em vez disso, é centrado na bola: desde que seus jogadores estejam próximos a ela, a posição teórica em que jogam não importa nem um pouco. Eles não precisam se apegar a uma formação específica, a uma série de números codificados em suas cabeças", afimou Rory Smith.
"Em vez disso, eles são livres para ir aonde quiserem, onde seu julgamento disser. Se for praticamente impossível apresentar uma estrutura de como o time joga, melhor ainda. Afinal, os sistemas são projetados pelos treinadores com o propósito expresso de tirar o máximo possível da espontaneidade do jogo. Os treinadores querem, compreensivelmente, controlar o que um jogador faz em qualquer circunstância. Eles almejam previsibilidade. Eles anseiam por isso. Nesse ambiente, é natural que a imprevisibilidade se torne uma vantagem", complementou.
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