Germán Cano fez o L 12 vezes na Libertadores deste anoMailson Santana / Fluminense
Faz o L de Libertadores! Cano está a um passo de ser um dos grandes do Fluminense
Artilheiro é a grande esperança de gol na final deste sábado contra o Boca Juniors, no Maracanã
Chegou a hora, tricolores, é dia de ganhar a Libertadores. Para tirar o grito de campeão entalado na garganta há 15 anos, o Fluminense precisa superar o Boca Juniors neste sábado (4), às 17h, no Maracanã, no último passo para os jogadores entrarem para a história tricolor. E para Germán Cano ficar de vez marcado como um dos grandes ídolos do clube.
"É um momento histórico que estou vivendo. Quando cheguei era difícil poder alcançar tudo que construímos juntos. Poder chegar a uma final de Libertadores sendo o artilheiro representa muito para mim. Seria lindo poder conquistar essa taça que todos os torcedores querem e eu também", disse.
Artilheiro da Libertadores, com 12 gols, Cano marcou seis vezes no mata-mata, como no gol decisivo que deu a classificação sobre o Internacional, na semifinal. O atacante argentino é o mais cotado a Rei da América, prêmio ao melhor jogador da competição, e desponta como o principal candidato a herói do Fluminense nesta caminhada épica. Se não bastasse tudo o que vem fazendo, ele ainda tem dois requisitos presentes nos principais símbolos das grandes conquistas tricolores.
Assim como o paraguaio Romerito, autor do gol na vitória sobre o Vasco no primeiro jogo da final do Brasileiro de 1984 (o segundo foi 0 a 0), e o argentino Conca, craque na edição de 2010, o camisa 14 pode ser mais um estrangeiro decisivo.
Ele também pode repetir os passos de atacantes marcantes. Como Mickey, reserva que entrou no lugar de Flavio, machucado, e fez os gols das vitórias do Fluminense sobre Palmeiras e Cruzeiro e do empate com o Atlético-MG, no quadrangular que deu o título brasileiro de 1970, à época com o nome de torneio Roberto Gomes Pedrosa. Ou de Fred, o artilheiro que comandou o time no título nacional de 2012. Sem falar os goleadores nos títulos Cariocas, como Renato Gaúcho em 1995.
"Temos que entender que, no momento em que estamos dentro da área, temos que reagir muito rápido e definir em um toque só. Estou me preparando muito para isso e poder ajudar o time na final", avisa Cano.
Campeão de dois Cariocas pelo Fluminense, o argentino já mostrou poder de decisão em finais, ambas contra o poderoso Flamengo. Em 2022, fez os dois gols do 2 a 0 que garantiu o título, além de ter marcado no 1 a 1 da ida. E em 2023, fez outros dois na goleada histórica de 4 a 1, após derrota por 2 a 0 no primeiro confronto.
E assim ele já se colocou na história do Fluminense. Mas Cano pode alcançar um patamar até então inédito na idolatria e no coração dos tricolores, como o símbolo do primeiro título de Libertadores, que seria o mais relevante de todos. Se conseguir, ficará marcado para sempre, assim como a comemoração fazendo o L, como um dos jogadores mais importantes do clube.
"Não sei como vai ser. Mais à frente eu vou entender tudo o que está acontecendo agora. Se conquistar essa taça, quando eu não for mais jogador e olhar para trás e souber que deixamos uma marca importante no Fluminense, vai ficar mais representativo tanto na história do clube quanto para mim", completou.
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