Fernando Diniz tem contrato com a CBF até o meio de 2024 e dividirá Fluminense com a seleção brasileiraLucas Merçon / Fluminense

O anúncio da renovação de contrato de Carlo Ancelotti com o Real Madrid deixou os torcedores do Fluminense preocupados. Afinal, sem o italiano, Fernando Diniz tem chance de ser efetivado como técnico da seleção brasileira ou, pelo menos, comandar a equipe durante a Copa América, o que já traria um grande prejuízo ao Tricolor.
Como o Brasileirão não para durante a competição de seleções sul-americanas, disputada em junho e julho, seriam pelo menos nove rodadas sem o treinador. Ele também tem chance de desfalcar o comando do Fluminense durante a fase decisiva do Campeonato Carioca, nos amistosos do Brasil em março, contra Inglaterra e Espanha.
A situação pode ser ainda pior caso a CBF decida efetivar Diniz até a Copa de 2026, o que demandaria a saída do técnico do Fluminense. Um outro cenário seria a permanência dele no clube até o fim de 2024, acumulando as funções, assim como fez em 2023.
Mas todas essas definições também precisarão de tempo, já que a CBF está sem comando desde que Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da entidade, em 7 de dezembro. O dirigente foi o responsável pela escolha de Diniz e também por esperar Carlo Ancelotti até junho de 2024, quando o contrato com o Real Madrid acabaria.
Como Ednaldo não vai concorrer na nova eleição da CBF, a decisão pela permanência ou não de Diniz passará pelo novo presidente. No atual cenário político, dois candidatos despontam para disputar o pleito: o ex-presidente do STJD e ex-vice da CBF, Flavio Zveiter, e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos se movimentam para disputar a eleição.
"Vamos esperar a definição da política da CBF. Não tenho uma preocupação imediata com a seleção, mas temos dois compromissos em março", afirmou Fernando Diniz no desembarque do Fluminense no Rio após o Mundial de Clubes, no dia 23.