Rio - Museu pode remeter ao passado, mas a ideia na concepção do Museu Fluminense é estar em constante atualização. Como o espaço dedicado à Libertadores, que não estava nos planos iniciais e foi incluída após a conquista do título. Assim como essa alteração, desde a entrada, até a sala de troféus receberão atualizações à medida que o clube conquiste títulos.
E a conquista da Libertadores é o grande exemplo. Último espaço do museu, ele foi incluído no projeto e, para sair, a sala da presidência foi doada para receber essa atualização. A réplica da taça é o grande destaque, numa sala espelhada que tem pendurados os nomes de todos os jogadores relacionados e que jogaram pelo menos uma vez.
Antes de chegar à principal sala, há uma outra, pequena, apresentando a conquista mais importante da história. Germán Cano doou a camisa e a chuteira da final, assim como Fábio fez o mesmo com a camisa e John Kenndy, autor do gol do título, a chuteira. Nome de todos os jogadores, comissão técnica e diretoria também são lembrados. O elenco é lembrado em outras salas, mostrando a importância que tem para a história do Fluminense.
Viagem pela história
Logo na entrada, o passado, o futuro e o presente vitorioso se fazem presentes. Fotos de Cano, Felipe Melo, Marcelo, John Kennedy, Romário, Ganso e André, além do técnico Fernando Diniz estão em destaque ao lado de grandes nomes que passaram pelo Fluminense, como Romário e Thiago Neves, e os ídolos Rivellino, Fred, o Casal 20 Washington e Assis, Castilho, Renato Gaúcho entre outros. Recém-saído e capitão da Libertadores, Nino também é homenageado nesse mural, assim como jogadoras do time feminino e jovens da base, que também foram representados com troféus conquistados por Xerém. O presidente Mário Bittencourt revelou que o cenário será alterado semestralmente, com participação de torcedores, e falou sobre o projeto.
"Um museu com uma pegada artística, bem diferente de tudo que vocês têm visto. Não é uma sala de troféus convencional. Nosso trabalho aqui, em todas as áreas, é tentar aproximar mais o clube da torcida, popularizar o clube, um clube de todos. Obviamente um museu com viés de futebol, mas também com viés artístico, de música, poesia, teatro. Espero que gostem", disse o mandatário tricolor, que destrinchou sobre a ideia do espaço.
"No início a gente discutia sobre ter o nome museu, né? E a Bia (Lessa, responsáve lpelo projeto artístico do museu) me convenceu na primeira reunião que museu é um conceito. Mutável o tempo inteiro, né? O museu tá sempre... a história continua acontecendo, então, na verdade, a gente tem uma ideia errônea sobre o que é um museu. Na verdade, o museu é algo de passado, algo de presente e algo de futuro. Então, assim, tomara, tomara que daqui a três dias a gente já consiga mais uma conquista e aí o museu já vai ter mudado novamente."
Ao entrar no museu, o torcedor dá de cara com a primeira bandeira e os primeiros uniformes, o cinza e branco e o tricolor. O espaço ainda conta um pouco dos primeiros anos, com foto do fundador Oscar Cox, maquete de Laranjeiras o time de 1910. Outra parede tem camisas mais recentes e uma foto do mosaico da despedida de Fred, em 2022, no Maracanã.
Primeira sala do Museu Fluminense conta com a primeira camisa, branca e cinza, e a primeira tricolor pic.twitter.com/B8Uju2ByT8
O terceiro espaço é uma homenagem a alguns dos times mais importantes da história, a treinadores que marcaram época, que além de nomes como Parreira, incluiu Marcão, atualmente auxiliar, e o técnico Fernando Diniz. Na sequência, uma união entre torcedores e jogadores. As paredes da terceira sala têm fotos 7x7cm de torcedores que pagaram para terem uma foto no museu - cerca de 14 mil quadrados nesta medida, muitos ainda sem fotos, que ficarão por dois anos no local. No meio, os jogadores que estiveram em campo na final da Libertadores.
Segunda sala do museu dá destaque para times que fizeram história, assim como todos os presidentes do Fluminense e técnicos marcantes. Chamou a atenção a presença de Marcão, que foi interino. Fernando Diniz, claro, também está lá. pic.twitter.com/oYU9vxwgcP
A quarta sala é a de troféus. Muitos deles restaurados para estarem lá. Os torcedores ainda poderão ver os times campeões de cada conquista representada no espaço, através de um espelho no chão. Os principais títulos (Brasileiros, Copa Rio) têm destaque, próximos a um dos vitrais de Laranjeiras. E cada novo troféu do futebol também ficará exposto, seguindo a ideia de constante mudança do museu.
A sala de troféus tem uma ideia muito legal de mostrar através de um espelho no chão a foto dos times campeões. Além das principais conquistas, outros torneios não tão relevantes ganham destaque por vários motivos pic.twitter.com/COoOBeiAOq
Os 50 principais jogadores da história do Fluminense têm suas trajetórias contadas na sala seguinte, que ainda conta com dois telões que mostram 120 gols, num vídeo de cerca de 1 hora e que também receberá atualizações constantes.
A sala dedicada a grandes ídolos do passado tem 50 jogadores (no vídeo Mário fala 45). Ela tem também um vídeo de uma hora com 120 gols. E um bumbo que pode ser tocado pic.twitter.com/YDUKzVB93N
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