'Glória Eterna', cerveja Golden Ale criada por Leonardo BottoDivulgação

Fanático pelo Fluminense, o mestre cervejeiro Leonardo Botto, de 46 anos, decidiu unir suas paixões e criar uma cerveja Golden Ale - não filtrada, pouco amarga e dourada - para homenagear o título da Libertadores da América de 2023: a ‘Glória Eterna’. O torcedor tricolor produziu 796 garrafas para deixar registrado o amor pelo clube carioca, e com todas as unidades vendidas.

A ideia da produção da ‘Glória Eterna’ surgiu na classificação histórica do Fluminense sobre o Internacional, no Beira-Rio. O  time comandado por Fernando Diniz perdia por 1 a 0 na semifinal - resultado que o eliminaria - até os 35 minutos da segunda etapa, mas John Kennedy e Cano fizeram os gols da virada e mantiveram vivo o sonho da conquista inédita.

“A partir da classificação contra o Inter, comecei a buscar meios para produzir com amigos cervejeiros e tricolores. Primeiro, foram 250 litros alguns dias antes da final contra o Boca Juniors. Essa leva foi bebida apenas entre nós cervejeiros. Depois, fizemos o segundo lote para comemorarmos a conquista, compartilhando com mais amigos e torcedores”, declarou o mestre em entrevista ao DIA.
Devido ao grande sucesso da leva inicial, Leonardo Botto prepara um novo estoque de 1500 cervejas para a torcida do Fluminense. A produção começará no fim deste mês e deve ficar pronta em abril. Além das garrafas, barris de chopp serão fabricados para serem comercializados em bares tricolores.
Leonardo Botto, mestre cervejeiro e criador da 'Glória Eterna' - Divulgação / Ana Nogueira
Leonardo Botto, mestre cervejeiro e criador da 'Glória Eterna'Divulgação / Ana Nogueira
Outras cervejas sobre o Fluminense
Essa não foi a primeira vez que Leonardo Botto homenageou o Fluminense através das cervejas. Em 2007, ano em que o Tricolor ganhou a Copa do Brasil pela primeira vez, ele fabricou as bebidas artesanais ‘Fluminense Football Club’ e ‘Laranjeiras’.

“Tudo começou lá. O time não estava bem, acabávamos de trocar de treinador e, durante a partida de estreia do Renato Gaúcho contra o Bahia, em Salvador, cismei que tinha que produzir uma cerveja para sermos campeões”, disse.

Ele chegou a criar uma cerveja em 2008 para o possível título do Fluminense, ano em que o time perdeu a final da Libertadores da América para a LDU, nos pênaltis, no Maracanã. Já para o Mundial de Clubes do ano passado, não fabricou. “Eu me sinto culpado (risos)”, brincou.
O time esteve presente desde o berço, já que vem de família tricolor, mas o fanatismo pela bebida surgiu na adolescência. Além da curiosidade, Leonardo Botto buscou resgatar uma tradição familiar que vem de sua bisavó, imigrante alemã que fazia cerveja para consumo próprio.

Leonardo Botto garante que as cervejas não nasceram com viés comercial e, sim, como forma de confraternizar e celebrar os títulos que viriam com os amigos tricolores. Entretanto, há um alto custo de produção e as vendas surgiram como uma maneira de aliviar os gastos.

Com muito amor, o mestre cervejeiro almeja produzir novos rótulos do Fluminense. Que se repita o sucesso de 2007 e 2023, e que 2008 tenha sido uma exceção. “Tenho que me dedicar e sonhar cada vez mais”, finalizou.
* Reportagem de Theo Faria, sob a supervisão de Hugo Perruso