Royce Gracie é torcedor do Fluminense e visitou o novo museu do clube, em Laranjeiras Divulgação/Fluminense FC
Royce Gracie revela paixão pelo Fluminense e crê em reviravolta em 2024: 'Nada é impossível'
Lenda do MMA visitou recentemente o novo museu do clube e tirou foto com a taça da Libertadores
Rio - Lenda do MMA e mestre de jiu-jitsu, Royce Gracie já era apaixonado pelo Fluminense antes de se tornar uma das figuras mais influentes da história das artes marciais mistas. Na década de 70, ainda jovem, ele frequentava as Laranjeiras para acompanhar os treinos da Máquina Tricolor e teve a rara oportunidade de conhecer ídolos como Félix e Rivellino.
"Não tive influência (para torcer pelo Fluminense). Era o clube mais próximo. Estava sempre ali (nas Laranjeiras) e assistia os treinos. Era uma época em que o torcedor ainda podia entrar no gramado para ver os jogadores treinando, não era algo tão secreto como é hoje em dia. Na época tinha Félix e Rivellino", recordou em entrevista ao DIA.
Nascido em 12 de dezembro de 1966, no Rio de Janeiro, Royce Gracie era criança quando o Fluminense conquistou o seu primeiro título nacional em 1970 — o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, precursor do Campeonato Brasileiro. No decorrer da década, surgiu a Máquina Tricolor entre 1975 e 1977, com as chegadas de craques como Rivellino, Carlos Alberto Torres, Paulo Cezar Caju, Doval e outros.
"Eu acompanhava o dia a dia e vivia nos treinos. Não ia sempre nos jogos porque era muito garoto e não tinha companhia para ir no Maracanã. Mas era marcante poder ir no campo (nos treinos) e ter contato com os jogadores, ver de pertinho, pegar autógrafo... Era muito maneiro. Os jogadores sempre davam atenção, isso não faltava", contou.
Em 1984, ano em que o Fluminense conquistou o seu segundo título brasileiro — venceu o Vasco na final — o lutador foi morar nos Estados Unidos, onde vive até hoje. Por conta da nova realidade de vida, o time do coração não estava mais presente no dia a dia. Além disso, a agenda profissional e as diferenças de horários se tornaram empecilhos para acompanhar os jogos.
"Não dá para acompanhar direito. No ano passado estava aqui no Brasil, em novembro. Fui embora um dia antes (da final da Libertadores). Passei em frente ao evento (da Conmebol) em Copacabana durante todos os dias em que estive no Rio. Passava correndo, olhava e depois ia embora", contou ele, que estava no avião durante o jogo contra o Boca Juniors, da Argentina.
"Não deu para acompanhar (o jogo) porque estava no avião. Estava viajando para os Estados Unidos. Quando desembarquei, procurei saber como foi e vi que ganhou. Aproveitei para brincar com meus irmãos que são flamenguistas (risos)", brincou.
Recentemente, Royce Gracie fez uma rápida visita pelo Rio de Janeiro antes de retornar para os Estados Unidos. Na curta passagem pela Cidade Maravilhosa, aproveitou para conhecer o novo museu do Fluminense, inaugurado no dia 26 de fevereiro. Por conta da agenda, o ex-lutador não acompanhou a eliminação no Carioca, mas crê na reviravolta tricolor em 2024 e aconselhou o Time de Guerreiros.
"Olhem as minhas lutas. Todo mundo pensava que era impossível, mas nada é impossível. Quando eu entrava no tatame, não pensava em ir para casa jantar à noite, não estava pensando na festa. Só entrava pensando em ganhar. A mentalidade tem que ser essa. É dar tchau para todo mundo e deixar o suor no gramado", finalizou.
Membro da família Gracie, considerados os pais do jiu-jitsu no Brasil, e responsáveis pela popularização da modalidade no mundo, Royce ganhou fama após vencer adversários maiores e mais pesados nas edições 1, 2 e 4 do UFC, se tornando uma das figuras mais influentes da história das artes marciais mistas. Por seu pioneirismo no MMA, foi o primeiro lutador a entrar para o Hall da Fama do UFC, em 2003.
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