Mano Menezes priorizou jovens no segundo tempo e indica mudanças no FluminenseLucas Merçon / Fluminense FC

Rio - Mano Menezes foi contratado com a árdua missão de evitar o rebaixamento do atual campeão da Libertadores. O treinador gaúcho, de 62 anos, recebeu carta branca da diretoria do Fluminense para implementar mudanças, e em apenas dois jogos no comando já percebeu o que é necessário mudar para recuperar a competitividade.
O treinador não teve muito tempo para treinar a equipe e corrigir algumas falhas, como a bola aérea, que mais uma vez assombrou o Fluminense na derrota diante do Fortaleza por 1 a 0, neste domingo (7), no Castelão. Mano Menezes, no entanto, já notou um problema da equipe: a queda de desempenho com a entrada dos reservas na etapa final.
"O Fluminense teve um comportamento digno. É o primeiro passo para o momento em que estamos. Brigar pelo resultado. Nos outros fundamentos, estivemos muito parelhos. Mas quando chegamos no último terço (do campo), ficou a diferença (nos tempos de trabalhos). O Fortaleza tinha uma ideia clara do que fazer para acabar as jogadas", disse Mano Menezes.
Na estreia de Mano Menezes, o Fluminense empatou com o Internacional por 1 a 1, no Maracanã. Apesar do tropeço em casa, foi possível notar uma equipe competitiva, marcando alto, pressionando o adversário e recuperando bolas. O Tricolor saiu atrás no placar, mas reagiu e buscou o empate. Porém, as entradas de Gabriel Pires, Douglas Costa, Renato Augusto e John Kennedy frearam a reação.
Já na derrota diante do Fortaleza, o treinador não utilizou Gabriel Pires e Douglas Costa. Mano Menezes percebeu que é necessário rejuvenescer a equipe, principalmente no segundo tempo. Assim, deu chances para o lateral-esquerdo Esquerdinha, o volante Felipe Andrade e os atacantes Lucumí e Kauã Elias. O único veterano que entrou em campo foi Renato Augusto, que novamente não foi bem.
"O Fortaleza chutou pouco no gol, mas teve mais escanteios e volume, que somam para chegar num gol de bola parada. Sofremos com isso. Erramos cobrança e posicionamento. E para isso precisa treinar. Não fizemos treinos suficientes para resolver esses problemas. Ficamos chateados porque o momento é onde tudo custa caro. Mas temos que saber o que vamos cobrar e como vamos nos cobrar. Mostrar o caminho para as soluções", lamentou o treinador.
Com a derrota para o Fortaleza, o Fluminense segue na lanterna do Brasileirão com apenas sete pontos em 15 rodadas. Em situação delicada e correndo contra o tempo por uma reabilitação, o Tricolor volta a campo na próxima quinta-feira (11), às 20h (de Brasília), contra o Criciúma, no Heriberto Hülse, pela 16ª rodada.