Marcão admite que é preciso rever opções de substituição que não estão funcionando no FluminenseMarcelo Gonçalves / Fluminense

Seja com Fernando Diniz ou com Marcão, o Fluminense se mostra um time lento, sem intensidade ou criatividade, e que também se esfacela nos minutos finais. A derrota por 1 a 0 para o Vitória, em pleno Maracanã, foi o quarto jogo seguido em que o Tricolor sofreu gol após os 40 minutos do segundo tempo.
O cenário é o mesmo: com o Fluminense sem poder de reação, o treinador faz substituições para o tudo ou nada, enchendo de jogadores ofensivos em busca do gol e do resultado. Mas quem entra, ao invés de melhorar o desempenho do time, piora na maioria dos casos, ao cometer muitos erros. Some-se a isso um time desfigurado e exposto.

Marcão admite rever opções de substituição

Foi assim no lance do gol do Vitória, aos 44 minutos. John Kennedy errou uma jogada de efeito, deu o contra-ataque e deixou o jogador do Vitória passar ao tentar marcar, assim como Renato Augusto, sem cometer falta ou pressionar.
Os dois não entraram bem e pouco acrescentaram ao time, que só tinha Alexsander de volante. O jovem entrou no intervalo e não correu para acompanhar a jogada. As outras substituições foram Douglas Costa e Diogo Barbosa, outros que foram improdutivos e pouco acertaram.
"A gente tem que buscar alternativas. Lógico que, quando mexe, você pensa se vai manter ou mudar. Se vai acelerar um pouco, botar velocidade, atacar espaço. Depende do que você passa de informação para o atleta e, se ele não funcionou, eu tenho que analisar. Estou chegando agora, vou pensar em algumas coisas. Isso (buscar alternativas) passa pela nossa cabeça", afirmou Marcão.

Sem chance de gol e exposto

na derrota por 1 a 0 para o Flamengo, o gol sofrido aos 40 minutos da segunda etapa saiu de um pênalti duvidoso cometido por Calegari, que entrou no lugar de Samuel Xavier. Thiago Santos, Keno, Terans e Alexsander foram as outras apostas para mudar o panorama, mas o Fluminense seguiu sem finalizar.
Contra o Cruzeiro, foi Keno, que entrou aos 32, quem perdeu a bola para armar o contra-ataque que terminou no segundo gol de William, no 2 a 0, aos 47 minutos. Terans, Kauã Elias e Calegari foram outros que pouco acrescentaram, enquanto Gabriel Pires melhorou o meio após o intervalo.
E na virada sofrida para o Atlético-GO por 2 a 1, ninguém que entrou teve participação direta no gol sofrido aos 49 minutos do segundo tempo. Entretanto, após sofrer o empate, o Tricolor teve as entradas de John Kennedy, Renato Augusto e Isaac, aos 33, que pioraram o time, deixando-o mais exposto atrás e desorganizado na frente. Tanto que não houve chance de marcar o segundo no período em que eles estiveram em campo, e o rival cresceu.

Como o Fluminense terminou os últimos jogos

 
Contra o Vitória (0x1)
Fábio, Samuel Xavier, Antônio Carlos, Thiago Santos e Diogo Barbosa; Alexsander, Renato Augusto e Terans; Douglas Costa, John Kennedy e Cano.
Contra o Flamengo (0x1)
Fábio, Calegari, Antônio Carlos, Thiago Santos e Diogo Barbosa; Martinelli, Alexsander e Lima; Terans; Keno e John Kennedy.
Contra o Atlético-GO (1x2)
Fábio, Marquinhos, Marlon, Manoel e Diogo Barbosa; Lima, Renato Augusto e Ganso; John Kennedy, Isaac e Cano.
Contra o Cruzeiro (0x2)
Fábio, Calegari, Antônio Carlos, Martinelli e Diogo Barbosa; Gabriel Pires, Lima e Terans; Kauã Elias, Keno e John Kennedy.